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Provérbios ao Longo dos Meses do Ano

A sabedoria popular tem uma ligação profunda com a passagem do tempo e a observação das estações. Provérbios relacionados com os meses do ano refletem essa sabedoria e o conhecimento transmitido de geração em geração. Aqui, reunimos uma coleção de provérbios tradicionais que descrevem as características e previsões associadas a cada mês.

Provérbios ao Longo dos Meses do Ano

Provérbios e Ditados Populares Portugueses:

Janeiro

  • Janeiro: geeiro.
  • Em Janeiro, sobe ao outeiro. Se vires verdejar, põe-te a chorar; se vires terrear, põe-te a cantar.
  • Janeiro molhado não é bom para o pão, mas é bom para o gado.
  • Janeiro frio e molhado enche a tulha e farta o gado.
  • Em Janeiro, sete casacos e um sombreiro.
  • Em Janeiro, seca a ovelha no fumeiro.
  • Em Janeiro, cada pinga mata seu grãeiro.
  • Trovão em Janeiro: nem bom canastro nem bom palheiro.
  • Se Janeiro não tiver trinta e uma geadas, tem de as pedir emprestadas.
  • Luar de Janeiro não tem parceiro, mas o de Agosto dá-lhe no rosto.
  • Não há luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro.

Fevereiro

  • Fevereiro: rego cheio.
  • Fevereiro enxuto rói mais que todos os ratos do mundo.
  • Quando não chove em Fevereiro, nem bom prado nem bom celeiro.
  • Chuva de Fevereiro mata o onzeneiro.
  • Água de Fevereiro enche o celeiro.
  • Em Fevereiro, chuva; em Agosto, uva.
  • Em Fevereiro, chega-te ao lameiro.
  • Fevereiro afoga a mãe no ribeiro.
  • Ao Fevereiro e ao rapaz perdoa tudo o que faz, se o Fevereiro não for secalhão e o rapaz não for ladrão.
  • Neve em Fevereiro não faz bom celeiro.

Março

  • Páscoa em Março: ou fome ou mortaço.
  • Enxame de Março apanha-o no regaço.
  • Março zangado é pior que o diabo.
  • Março, marçagão, de manhã cara de rainha, de tarde corta com a foucinha.
  • Em Março, onde quer passo.
  • Em Março, tanto durmo como faço.
  • Março liga a noite com o dia, o Manel co’a Maria, o pão com o pato e a erva com o sargaço.
  • Nasce a erva em Março, mesmo que lhe deem com o maço.
  • Sol de Março queima a dama no paço.
  • Em Março, chove cada dia um pedaço.

Abril

  • Em Abril, mau é descobrir.
  • Abril: águas mil, quantas mais puderem vir.
  • Em Abril, águas mil, coadas por um mandil.
  • A água que no Verão há-de regar em Abril e Maio há-de ficar.
  • Abril molhado, ano abastado.
  • Se não chove em Abril, perde o lavrador couro e quadril.
  • Seca de Abril deixa o lavrador a pedir.
  • Abril frio e molhado enche o celeiro e farta o gado.
  • Abril frio: pão e vinho.
  • Em Abril, queimou a velha o carro e o carril; e uma cambada que ficou em Maio a queimou.

Maio

  • Maio hortelão: muita palha e pouco grão.
  • Maio couveiro não é vinhateiro.
  • Maio pardo faz o ano farto.
  • Maio pardo e ventoso faz o ano farto e formoso.
  • Maio pardo e Junho claro podem mais que os bois e o carro.
  • Fraco é o Maio se o boi não bebe na pegada.
  • Fraco é o Maio que não rompe uma croça.
  • Guarda para Maio o teu melhor saio.
  • Em Maio, comem-se as cerejas ao borralho.
  • Em Maio, nem à porta saio.

Junho

  • Junho calmoso: ano formoso.
  • Junho floreiro: paraíso verdadeiro.
  • Sol de Junho amadura tudo.
  • Chuva de Junho: peçonha do mundo.
  • Chuva de Junho: mordedura de víbora.
  • Chuva junhal: fome geral.
  • Junho chuvoso: ano perigoso.
  • Enxame de Junho nem que seja como punho.
  • Em Junho, foice no punho.
  • Em Junho, perdigotos como punho.
  • Feno, alto ou minguado, em Junho é segado.

Julho

  • Julho quente, seco e ventoso: trabalha sem repouso.
  • Em Julho, prepara o vasculho.
  • Em Julho, ceifa o trigo e faz o debulho. E, com o vento soprando, vai-o limpando.
  • Por todo o mês de Julho, o meu celeiro entulho.
  • Por muito que Julho queira ser, pouco há-de chover.
  • Julho abafadiço: abelhas no cortiço.
  • Chuva de Julho que não faça barulho.
  • Por muito que Julho queira ser, pouco há-de chover.

Agosto

  • Agosto nos farta, Agosto nos mata.
  • Quem em Agosto ara, riqueza prepara.
  • Quem não debulha em Agosto debulha com mau gosto.
  • Quem malha em Agosto malha contra gosto.
  • Chuva em Agosto enche o tonel de mosto.
  • Chuva em Agosto: açafrão, mel e mosto.
  • Quando chove em Agosto, chove mel e mosto.
  • Agosto amadurece, Setembro vindimece.
  • Agosto tem culpa se Setembro leva a fruta.
  • Em Agosto, toda a fruta tem gosto.
  • Temporã é a castanha que em Agosto arreganha.
  • Seja o ano que for, Agosto quer calor.
  • Se queres o teu homem morto, dá-lhe couves em Agosto.
  • Em Agosto, ardem os montes; em Setembro, secam as fontes.
  • Nem em Agosto passear nem em Dezembro marcar.
  • Em Agosto, candeeiro posto.
  • Em Agosto, frio no rosto.

Setembro

  • Setembro: mês dos figos e cara de poucos amigos.
  • Setembro molhado: figo estragado.
  • No pó, semearás; em Setembro colherás.
  • Em Setembro, ardem os montes e secam as fontes.
  • Setembro ou seca as fontes ou leva as pontes.
  • Lua nova setembrina sete luas determina.
  • Setembro é o Maio do Outono.

Outubro

  • Outubro quente traz o diabo no ventre.
  • Outubro suão: negaças de Verão.
  • Logo que Outubro venha, prepara a lenha.
  • Outubro meio chuvoso faz o lavrador venturoso.
  • Em Outubro, o sisudo colhe tudo.
  • Em Outubro, sê prudente: guarda pão e semente.
  • Em Outubro, pega tudo.
  • A árvore plantada no Outono tem um ano de abono.
  • Se Outubro for erveiro, guarda para Março o palheiro.

Novembro

  • Em Novembro, prova o vinho e semeia o cebolinho.
  • Se em Novembro houver trovão, o ano seguinte serão bom.
  • Cava em Novembro e planta em Janeiro.

Dezembro

  • Em Dezembro, treme de frio cada membro.
  • Em Dezembro, lenha no lar e pichel a andar.
  • Em Dezembro, descansar, para em Janeiro trabalhar.
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Através destes provérbios tradicionais, podemos perceber como o conhecimento acumulado ao longo dos séculos influenciava a agricultura, as atividades do dia a dia e até mesmo as crenças populares em Portugal. Cada mês trazia consigo um conjunto específico de desafios e oportunidades, moldando a vida das pessoas e a sua relação com a natureza. Essas tradições e observações continuam a ser valorizadas, servindo como uma janela fascinante para o passado do país.

Provérbios na Cultura Portuguesa

Os provérbios portugueses são verdadeiros tesouros da cultura lusitana. Eles contêm sabedoria atemporal que pode enriquecer nossas vidas e nos ajudar a navegar pelas águas da existência com mais clareza e propósito.

Provérbios ao Longo dos Meses do Ano

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