Parque de Nova Sintra

O parque ocupa cerca de um terço das actuais instalações da sede da Águas do Porto, E.M., correspondendo ao antigo bosque e mata da Quinta de Vilar das Oliveiras. propriedade, até 1922, da família de Robert Reid. Este terreno urbano foi então comprado pela firma Almeida & Miranda, joalheiros portuenses da Rua de Cedofeita, e, após ter sido objecto de promessa de compra ao FCP, que tencionava construir aí o seu campo de treinos e sede, foi expropriada em 1927 pela Câmara do Porto, para aí instalar a sede dos recém-criados SMAS, assim como o Reservatório e Central de Nova Sintra, concluídos em 1929. Durante quase noventa anos, foram recolhidas fontes e chafarizes da via pública, tendo o parque sido aberto à cidade, primeiro em 1940 e, seguidamente em 1987, coincidindo com as comemorações do centenário de abastecimento de água à cidade (1886). Em 2018, após obras de qualificação paisagística e arquitectónica, foi novamente devolvido ao circuito de parques urbanos portuenses, contando com um património rico em espécies vegetais, animais e em objectos de valor arqueológico.

Como complemento no campo do equipamento, conta com o apoio de alguns pavilhões de concepção arquitectónica contemporânea constituindo-se num conjunto exemplar e singular no panorama dos espaços públicos da cidade.`No âmbito do processo de valorização do património do património da Águas do Porto, esta área verde (68 500 m2) da cidade viu qualificada a sua mancha arbórea, criando espaços propícios ao retorno de algumas espécies animais e reabilitando os percursos e as obras de arte urbana (fontes, chafarizes e arcas de água) que nele foram sendo instaladas desde a década de 1930 até 1960. Esta vertente museológica confere-lhe uma qualificação patrimonial singular sublinhando a sua função didáctica e pedagógica na esfera da história geral da cidade, em particular dos seus equipamentos e infra-estruturas básicas, essenciais, desde há cem anos, para a construção da imagem do Porto, como a cidade da água, por excelência.