
Orelha de Deus no Coliseu do Porto
Orelha de Deus no Coliseu do Porto
O Balleteatro, estrutura artística em residência no Coliseu, apresenta “Orelha de Deus”, a partir do texto de Jenny Schwartz.
Um aeroporto imaginário, onde um casal não avança, nem recua, com medo de prosseguir as suas vidas após a perda de um filho de dez anos. Na incapacidade de lidarem com o luto, refugiam-se num universo próprio, quase absurdo, na procura por uma saída sem nunca enfrentarem o cerne do problema.
Dizer o que pensamos. E pensar no que fazemos. E manter a compostura. E avaliar a conjuntura. E contar vitórias. E contar espingardas. E escolher batalhas. E
engolir sapos. E ir devagar. E fazer durar. E não fazer o bem. Sem olhar a quem. E olhar para trás. E cortar a meta. E chegar ao topo. Numa linha reta. E aproveitar. E rejubilar. E retificar. E consertar. E esperar à sombra. E rezar à santa. E gozar a vida. E pintar a manta. E passar bem. E comer devagar. E dormir descansados. E manter a calma. E deitar foguetes. E manter a fé. E encarar os factos. E andar para a frente. E admitir. E confessar. E começar de novo. E tomar as rédeas. E cantar de galo. E fazer gala. E mudar de assunto. E viver à grande. E depois vamos olhar para o ar. Sem mexer uma palha. E respirar fundo. E tê-los no sítio. E encostar. Relaxar. E teremos fezes no futuro. Na riqueza, na pobreza. Na saúde e na doença. E o árbitro vai apitar. De corpo e alma.
Página do Evento
a partir do texto de Jenny Schwartz
Encenação: Tiago Sarmento
Interpretação: Ana Beatriz Figueiredo, Ana Caroline Cardoso, Ana Rita
Rodrigues, Ana Sofia Tavares, Beatriz Barros, Carolina Ferreira, Gabriela Areias,
Iara Borges, Inês Rocha, Joana Silva, João Paulo Ferreira, Lucas Guedes, Maria
Beatriz Antunes, Mariana Marques, Raquel Monteiro, Raquel Pinho, Rita Pinto.
[2.º ano do curso de Teatro do balleteatro Escola Profissional]
Luz: Hugo Valter Moutinho
Apoio ao movimento: Carlos Silva
Fotografia: Franco Antonio Giovanella
Orelha de Deus no Coliseu do Porto