
Colectivo de Poesia – Poetas a várias vozes na Casa Comum | Mia Couto
Sou julho, / estou explicado só pelo sol / Meu erro / é procurar um território / apto a nascer / A única geografia / que me aceita é a poesia
Assim inicia um dos poemas de Mia Couto que integra o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho.No dia 16 de julho, pelas 21h30, ulho, o Colectivo de Poesia tomará conta do Pátio do Museu, para, rodeados pelas pedras do edifício centenário, celebrar o realismo animista de um grande poeta africano que escreveu:
Por isso,/ não me espanta / o casal de pedras / Nem a árvore que engravidou / Minha doença, / Felizmente, / É muito miracurável
Sobre Mia Couto: Nascido a 5 de Julho, na cidade da Beira, em Moçambique, foi estudante de Medicina e jornalista, enveredando posteriormente pela Biologia e pela escrita. Galardoado com o Prémio Camões em 2013, é um dos mais importantes escritores Moçambicanos. Juntamente com João Cabral de Melo Neto, integra a restrita lista de autores de língua portuguesa que receberam o Neustadt International Prize for Literature, o “Nobel Americano” já atribuído a Czeslaw Milosz e Gabriel Garcia Marquez.
Este evento está integrado nas Noites no Pátio do Museu.
A entrada é livre até ao limite da lotação.
Nota : a realização da sessão ao ar livre está dependente das condições meteorológicas. Caso as condições meteorológicas não sejam favoráveis, o evento poderá realizar-se no interior do edifício ou ser cancelado.
Colectivo de Poesia – Poetas a várias vozes na Casa Comum | Mia Couto