CINZA | BENILDE OU A VIRGEM-MÃE – Casa do Cinema
CINZA | BENILDE OU A VIRGEM-MÃE – Casa do Cinema
CICLO CINEMA E FOTOGRAFIA: VISÕES ESPECTRAIS
Horário: 18:30
Acesso: 3€; Estudante/Jovem, Maiores de 65 e Amigos de Serralves: 1,5€
O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.
Cinza
Micael Espinha
PT | 10 min. | 2014
Benilde ou a Virgem-Mãe
Manoel de Oliveira
PT | 112 min. | 1975
Em 1974 a Revolução estava na rua e Manoel de Oliveira estava fechado nos estúdios da Tobis a filmar o drama místico de Benilde ou A Virgem Mãe que, passado o Verão Quente, viria a estrear (por coincidência) na semana do 25 de novembro de 1975. Segundo filme da chamada “tetralogia dos amores frustrados”, Benilde é a adaptação da peça de teatro homónima de José Régio. A ação decorre nos anos 1930, num solar isolado no Alentejo: a jovem filha do proprietário diz estar grávida ao mesmo tempo que jura não ter tido contacto com nenhum homem.
Antes, exibe-se a curta-metragem Cinza, onde, a partir de fotografias da época e com um trabalho de animação minimal e uma atmosfera sonora complexa, se constrói um testemunho de um Portugal no pináculo ideológico do Estado Novo. Dois filmes que olham a imagem do regime (à época, e agora) a partir de uma ideia de imobilidade fotográfica, de estase (e também dois filmes que trabalham o movimento da imagem fixa a partir de uma forma de “animação” espectral). Cinema político como o entendia Oliveira: “gosto muito dos filmes políticos onde não se fala de política; neles tudo se mistura, a vida, as pessoas, as situações e isso é mais rico do ponto de vista do homem na sua totalidade.”
CINZA | BENILDE OU A VIRGEM-MÃE – Casa do Cinema