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Não quisemos (nem podíamos 🙂) perder a estreia de Ghostly Kisses em Portugal, e na Europa.
Ontem, no Hard Club, a banda canadiana conseguiu levar a Sala 2 numa viagem sinestésica entre a realidade e o delírio onírico. Margaux Sauvé quebrou o gelo de um público algo tímido no início, mas completamente rendido à sua voz arrepiante, que tem o condão de transformar qualquer música numa bonita canção de embalar.
Ghostly Kisses provaram que a qualidade musical não se mede pelo número de discos editados (até porque ainda têm apenas 2 EPs) mas sim pelo impacto que a música tem junto das pessoas. E isso provou-se não só com temas originais como “The City Holds My Heart” ou “Touch”, mas também com as versões de Halo (Beyoncé), Zombie (Cranberries) ou Black to Black (Amy Winehouse) com uma sonoridade sensível, a fazer lembrar as texturas do Trip Hop de Bristol.
A manter debaixo de olho fica também a destemida agenda da promotora @mrnsuspeitos que tem vindo a consolidar o seu nome no panorama indie e assim garantiram que o concerto de ontem de Ghostly Kisses fosse o primeiro de muitos no Porto, pois certamente que ainda iremos ouvir falar muito destes talentosos canadianos.
