Teatro Insulto ao Público
Nesta “peça falada” o espectador é o objeto e o sujeito da ação. Escrita em 1966 por Peter Handke (Prémio Nobel da Literatura em 2019) a natureza do teatro e o lugar do espectador são objeto de análise durante os 45 minutos em que o espectador se vê numa situação inusitada e que o obriga a questionar-se sobre a sua própria condição.
Nesta reflexão sobre o teatro, a convenção e o artifício, Handke propõe-nos um jogo que coloca em permanente tensão os limites do real e a ideia da sua representação.
“Esta obra é um prólogo. Hoje, não ireis ouvir nada que já não tenha sido dito. Não ireis ver nada que já não tenha sido visto.
Mas também não ireis ver o que é típico de ser apresentado num palco. Nem ireis ouvir o que estais acostumados a ouvir.
Ireis ouvir tudo o que pudestes ouvir no teatro até agora. Ireis ouvir tudo o que não pudestes ouvir no teatro até agora.
O que estamos prestes a apresentar agora não é um espetáculo, não é um show!
O que estais aqui a ver não é uma obra teatral. Aqui não vai ser representada nenhuma comédia.
O que vai ser apresentado aqui é um espetáculo no qual não há nada para ver.
Com: Maria Martins, Carolina Michaelis, Guilherme Oldra, Pedro Oliveira, Luís Meireles e Paulo Geraldo.
Alunos da Licenciatura em Artes Dramáticas – Formação de Atores. Universidade Lusófona do Porto.
Coordenação: Carlos Pimenta
Apresentações na Casa Comum: 03 e 23 de abril | 18h00
ENTRADA LIVRE
Teatro Insulto ao Público – Casa Comum – Cultura U. Porto
