SESSÃO DE CINEMA SERVER DO VOUGA VILARINHO DAS FURNAS
Em Sever do Vouga, realizado com o patrocínio da Shell Portuguesa e com base na dita “Experiência Shell”, financiada pela companhia dinamarquesa desde 1958 com vista a melhorar e atualizar as condições e métodos da produção agrícola em Server do Vouga, o filme-encomenda de Paulo Rocha (que sempre teve dificuldade em considerá-lo como seu) contou com a supervisão creditada de Manoel de Oliveira, a música de Fernando Lopes-Graça e a narração de Alexandre O’Neill. Este pequeno filme onde se sublinham os problemas agrícolas resultantes da má qualidade das alfaias e das sementes e onde se propõe como solução a mecanização e a criação de uma cooperativa, surge em contraponto com a primeira longa metragem de António Campos, Vilarinho das Furnas, filme-denúncia sobre a destruição da aldeia homónima, no Minho, em consequência da construção de uma barragem com a qual se pretendia otimizar os sistemas seculares de regadio. Título seminal do cinema etnográfico português, Vilarinho parte da investigação antropológica de Jorge Dias, “Vilarinho das Furnas, Aldeia Comunitária” – obra que havia inspirado Manoel de Oliveira a preparar o projeto de um documentário sobre a mesma aldeia em 1968.
Sessão incluída no ciclo Domingos na Casa do Cinema: Manoel de Oliveira e o Cinema Português 1, paralelo à exposição Manoel de Oliveira e o Cinema Português 1. A Bem da Nação (1929-1969) patente na Casa do Cinema Manoel de Oliveira.
Fonte: https://www.serralves.pt/atividades-serralves/28-mai-server-vilarinho/
SESSÃO DE CINEMA SERVER DO VOUGA VILARINHO DAS FURNAS