SESSÃO DE CINEMA: MARÇANO PRECISA-SE | ANIKI-BÓBÓ
16 ABR | DOM | 18:00
MARÇANO PRECISA-SE
Fernando Lopes | 1962 | 6’
ANIKI-BÓBÓ
Manoel de Oliveira | 1942 | 68’
Com apresentação de Carlos Natálio, professor e crítico de cinema
Aniki-Bóbó é a primeira longa metragem de ficção de Manoel de Oliveira, que só três décadas depois, com O Passado e o Presente (1972) voltaria a esse registo. Este longo hiato deveu-se, não só, à má receção que o filme teve à época, tanto pela crítica especializada, pelo regime (que o considerou subversivo), como pelo público (que não afluiu às salas para o ver), como também ao facto de não terem agradado ao Regime muitos dos projetos que, depois disso, Oliveira submeteu a financiamento do Estado. Aniki-Bóbó tornou-se, entretanto, no mais querido e popularizado dos filmes do realizador. Isso resulta, em grande medida, da trama infantil que adapta o conto de Rodrigues de Freitas, Os Meninos Milionários, e da escolha dos atores-crianças que o protagonizam. Eduardinho é o mais destemido e o líder do grupo de crianças que passa o dia-a-dia entre a escola e as ruelas da velha cidade, junto à Ribeira. Carlinhos é louro e sensível. Ambos disputam Teresinha, a única menina do grupo. Filmado no Verão de 1940, para aproveitar as férias escolares, Aniki-Bóbó seria rodado no Porto, em Gaia e também em Lisboa, no estúdio da Tobis Portuguesa (para todas as cenas de interiores e para a famosa cena do telhado, onde vemos Carlitos a aventurar-se numa fugida noturna para oferecer uma boneca a Teresinha). A abrir a sessão apresenta-se um dos primeiros filmes de Fernando Lopes, realizador que viria a ser um dos nomes mais importantes do Novo Cinema português. Marçano
Precisa-se é, segundo o próprio, um título seminal no seu percurso, pela relação com a cidade de Lisboa e pelo modo como retrata a vida das ruas e, em particular, a vida de uma criança pobre que procura o primeiro emprego.
Fonte: https://www.serralves.pt/atividades-serralves/16-abr-marcano-aniki-bobo/
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