
Rio Mau
Estamos num tempo que já não sabemos que tempo é, num mundo que já não sabemos que mundo é, num país que é o nosso, mas que também já não sabemos que país é. Tudo correu mal. As forças ocuparam as instituições e as consequências foram terríveis. A queda foi inevitável. O colapso não foi preparado e a barbárie ocupou as cidades e os campos, foi a devastação.
Como sobreviver ao tempo? A utopia é um caminho, mas não alimenta nada nem ninguém. São precisas medidas limite, ações que questionam a vida e a sobrevivência, para se prolongar o tempo da vida, para evitar morrer.
É uma espécie de Adão e Eva de tempo nenhum, sem futuro e sem descendência. Duas pessoas que colocam a esperança toda num objeto inatingível, que procuram desesperadamente a salvação, mas que ao mesmo tempo se analisam enquanto fenómenos de linguagem num mundo mais claustrofóbico do que o mundo concreto, uma casa, um palco de teatro.
Texto e Encenação Pedro Fiuza
Interpretação Paulo Monteiro e Teresa Vieira
Sonoplastia João Vieira
Desenho de Luz Mário Bessa
Cenografia e Figurinos Cátia Barros
Duração prevista: 90 minutos
Classificação etária prevista: M16