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Recital de Violino e Piano

Recital de Violino e Piano

Cine-Teatro Eduardo Brazão
21h30

A violinista Rita Santos e o pianista Pedro Lopes oferecem ao público do Cine-Teatro Eduardo Brazão um recital com obras de Bach, Beethoven e Sibelius, em mais uma edição dos “Encontros no Auditório”.

Programa

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Partita III, Prelúdio e Loure (9’)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonata para Violino e Piano Nº 9 Op. 47,

Kreutzer (45’)

I. Adagio sustenuto – Presto

II. Andante com Variazioni

III. Presto

Jean Sibelius (1865-1957): Valse Triste, de Kuolema Op. 44 (5’)

Notas ao Programa

Um dos primeiros empregos de J. S. Bach foi como violinista na pequena corte ducal de Weimar, atualmente em território alemão. Isso viria a originar a composição de uma obra central do repertório violinístico. Foi em 1703 que se marcou o início da criação das Sonatas e Partitas para violino solo, um conjunto de peças nascidas tanto da prática como da imaginação. A terceira partita contém 6 andamentos e começa com um exuberante Prelúdio, oferecendo uma sequência de andamentos inspirados na dança, incluindo a Loure.

Já Beethoven escreveu esta Sonata, a sua nona para piano e violino, na primavera de 1803. Sendo manifestamente concebida numa grande escala, abre com uma introdução lenta (a única nas dez sonatas para violino de Beethoven), uma cadência apenas para o violino. O piano faz uma entrada igualmente dramática e, gradualmente, os dois instrumentos esboçam o intervalo de um meio-tom ascendente que figurará de forma proeminente no primeiro andamento. No Presto, a música explode e, embora Beethoven ofereça episódios mais calmos ao longo do percurso, incluindo um segundo tema dolce, a energia ardente deste Presto nunca está longe: a música é acelerada por uma sequência de colcheias quase como uma metralhadora, que acabam por conduzir o andamento à sua cadência abrupta. O alívio de toda esta tensão vem no segundo andamento. O piano introduz o tema central, amável, mas já de si bastante complexo e abstrato, seguindo-se quatro longas variações. O andamento final – Presto – regressa ao estado de espírito do primeiro. Um simples acorde de Lá maior é a única introdução a uma irrequieta tarantela. Beethoven tinha escrito este andamento em 1802, com a intenção de que fosse o final da sua Sonata

para violino em Lá maior, Op. 30, No. 1 mas retirou-o e escreveu um novo final. Aqui, no entanto, torna-se a conclusão perfeita para uma das mais poderosas peças de música de câmara alguma vez escritas.

A Valse triste, do compositor finlandês Jean Sibelius, é uma pequena montanha-russa emocional. Originalmente composta para uma produção de 1903 da peça Kuolema, de Arvid Järnefelt, a valsa capta a sensação de memórias assombrosas recordadas na velhice, intercalando um espírito profundamente melancólico com o êxtase festivo de um baile.

Rita Santos nasce no Porto, em 1999.

Inicia os estudos musicais em Vila Nova de Gaia, tendo frequentado a Escola Profissional de Música de Espinho, na classe do professor Nuno Soares. É mestre em Ensino de Música pela Universidade de Aveiro. Atualmente prossegue estudos na Sibelius Academy (Finlândia) com a professora Sirkka-Liisa Kaakinen-Pilch.

Trabalha, em diferentes contextos, com pedagogos e intérpretes renomeados, tais como Andreas Janke, Anna Gebert, Bartek Niziol, Christoph Poppen, Dora Schwarzberg, Ezster Haffner, Felix Andrievsky, Levon Chilingirian, Marco Rizzi, Mihaela Martin, Michael Vaiman, Minna Pensola e Teemu Kupiainen. É premiada em vários concursos do panorama nacional, nomeadamente o Concurso Internacional Cidade do Fundão e o Concurso Cidade do Porto. É vencedora do Prémio de Interpretação Frederico de Freitas/Universidade de Aveiro 2019 e do Concurso Internacional de Cordas Artur Fernandes Fão 2022.

No contexto orquestral, colabora com maestros de renome internacional tais como Sakari Oramo, Nuno Coelho, Osmo Vänskä, Dalia Stasevska, Jukka-Pekka Saraste, Pedro Neves, Tobias Gossmann, entre outros. É visita regular da Orquestra Clássica de Espinho, da Lahti Symphony Orchestra e da Helsinki Chamber Orchestra. Em 2022, é membro da Gustav Mahler Jugendorchester. É ativa cameristicamente, somando projetos com diferentes agrupamentos, entre eles o Kairos Trio, ativo na Finlândia.

Apresentou-se a solo, no âmbito dos Festivais de Outono, em Aveiro, interpretando o Inverno, do ciclo Quatro Stagioni, de A. Vivaldi. Na mesma cidade, interpretou, em 2022, o Concerto Nº 1 para Violino e Orquestra de Dmitri Shostakovich, sob a batuta de Ernst Schelle, com a Orquestra Filarmonia das Beiras e Orquestra Sinfónica do DeCA da Universidade de Aveiro.

Participa em festivais internacionais no Reino Unido, Alemanha, Portugal e Suíça. Desenvolve ainda dois projetos distintos com enfoque comunitário e educavo: o Falar Verdade a Tocar, centrado na aplicabilidade das bases da prática dramática na performance musical; e o (OU)VISTE ISTO?, implementado em Marvão e dirigido a crianças, em colaboração com a Orquestra Sem Fronteiras e com o apoio do BPI | Fundação La Caixa.

Pedro Lopes trabalha atualmente como professor de piano, co-repetidor e vocal coach. Licenciado na ESMAE, na classe de Pedro Burmester, frequentou o Mestrado em Piano – Música de Câmara sob a orientação de Peter Orth e do Quarteto Auryn na Hochschule für Musik Detmold – Alemanha.
Tem ganho vários prémios em Concursos Nacionais. Em 2013 ganhou o Prémio de Melhor Pianista Acompanhador do 7º Concurso de Canto da Fundação Rotária Portuguesa, bem como o Prémio Helena Sá e Costa, edição especial comemorativa dos 100 anos do nascimento da artista. Foi vencedor do Concurso Auryn nas edições de 2017 e 2018, na categoria de Música de Câmara com piano.

Integrou, como cantor (barítono), o Coro Casa da Música e o Ensemble Cupertinos, tendo já sido dirigido por maestros como Paul Hillier, James Wood, Laurence Cummings, Gregory Rose, Baldur Brönniman, Olari Elts, Kaspars Putnins, Christoph König, Peter Rundel, entre outros.

Gravou três álbuns com o Ensemble Cupertinos (Hyperion), tendo sido o primeiro, “Cardoso: Requiem, Lamentations, Magnificat & Motets”, galardoado com o Prémio Gramophone na categoria de Música Antiga e o segundo, “Duarte Lobo: Masses, Responsories & Motets”, reconhecido como melhor álbum de música erudita de 2020 pelos Prémios Play da Música Portuguesa.Mais informações através do Tlf. 223 771 820 ou e-mail auditoriomunicipal@cm-gaia.pt.

Fonte: http://www.cm-gaia.pt/pt/eventos/recital-de-violino-e-piano/

Recital de Violino e Piano

Data

21 Jul 2023
Desde

Hora

21:30

Localização

Cine Teatro Eduardo Brazão
R. Prof. Amadeu Santos 538, 4405-594 Valadares
Categorias
SPIRITUS - Igreja dos Clérigos
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