QUINTAS DE LEITURA: Afasta de mim o pecado da infelicidade

Ficou tudo por fazer, o feito e o não feito

Manuel António Pina

Manuel António Pina conferia um valor transcendental à Palavra: “Não temos mais nada, e com tão pouco / havemos de amar e ser amados, / de nos conformar à vida e à morte”.

Anunciamos para este serão uma festa da Palavra construída em torno da poesia de Pina. Palavras escritas a fogo, dizemos. Um recital “movido a vapor pelas cigarrilhas pretas de Manuel António Pina” e pela melancolia, autenticidade e exuberante ironia da sua poesia. Escolhemos 24 poemas da sua obra que nos continuam a encher o coração. A poesia dá, assim, palavras ao coração. A sessão contará com o gesto cúmplice e febril de muitos artistas, unidos na intenção maior de celebrar a voz de um relampejante escritor para quem a poesia era “uma espécie de religião sem fé”.

Noite acesa com a Palavra do poeta que queria ser santo, bombeiro e detetive.

Ao canto da noite:

João Luís Barreto Guimarães – introito poético

Ana Zanatti, Francisca Bartilotti, Paula Cortes e José Anjos – leituras

Lucília Monteiro – fotografia

Bruno Soares – música

Pedro Moura – música

Larie – música

B Fachada – música

João Ricardo Pateiro – performance

Rui Lage e João Gesta – seleção de poemas