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Inauguração de Marégrafo de Gil Delindro

Inauguração de “Marégrafo” de Gil Delindro

No próximo sábado, 15 de outubro pelas 16h, inaugura a exposição “Marégrafo” de Gil Delindro no Espaço MIRA.

 

Marégrafo

O marégrafo é um instrumento que registra o fluxo e o refluxo das marés em um determinado ponto da costa. É a ferramenta tecnológica mais antiga usada na medição do nível dos oceanos, com arquivos centenários que são hoje usados para comprovar a subida do nível médio do mar.

Esta exposição parte de uma monitorização do Marégrafo da Cantareira e Barra do Douro, ocorrida durante um período de 3 meses de investigação, onde foram feitas gravações sonoras no fundo da bacia hidrográfica, assim como recolha de dados e monitorização dos níveis de poluição.

Os arquivos recolhidos são usados enquanto matéria-prima na criação de obras escultóricas generativas, que estabelecem ligações entre arte sonora, antropologia e pesquisa ambiental: captações sonoras, marés, componentes biológicos e hidrográficos, mas também crenças folclóricas, mitos e histórias locais.

A história do Porto é fruto de uma longa batalha humana por dominar os fluxos de mares e rios, pelo controle de um território difícil que sempre suscitou medo e admiração na índole Popular. A barra do Douro é um marco nessa luta, uma porta de entrada para a cidade quase mitológica pela sua força. É neste local portuense que reside uma das mais antigas comunidades de pescadores do Porto e onde nasceu Raul Brandão, antecessor do existencialismo.

 

Projeto desenvolvido e apoiado no âmbito do programa “Criatório”.

 

NOTA BIOGRÁFICA

Gil Delindro (1989, Portugal) é um artista sonoro e visual com amplo reconhecimento internacional pela pesquisa ambiental site-specific que desenvolve, nomeadamente em lugares e paisagens limite, comunidades isoladas e condições geológicas e climatéricas extremas.

Uma pesquisa constante em territórios distintos, de onde se destacam o deserto do Sahara “Twom 2015”, florestas do Brasil “Resiliência 2017”, Sibéria “ Permafrost 2018”, Vietnam Rural “Blind Signal 2019” Glaciar do Rhone ”La Becque 2019”, Vulcões de Auvergne “Artistes en Residence 2021”

A prática de Gil Delindro explora ligações entre ecologia, geologia, antropologia e acústica, através de peças escultóricas que vivem entre estados efêmeros da matéria orgânica, detritos geológicos e biológicos. Esculturas que transportam em si os efeitos imprevisíveis do tempo, clima, erosão e condições atmosféricas externas.

Delindro contrapõe questões e tensões contemporâneas entre humanos e um planeta em rápida mudança, ao criar uma obra que vive de sistemas frágeis entre caos e controle, onde a Natureza tem autoridade e autonomia própria.

O foco é ouvir a “transformação” das matérias, nada é estável, nada é permanente, e é essa impermanência que se tenta retratar. De certa forma, a obra de Delindro opõe-se a uma das grandes vontades históricas da Escultura — a tentativa de conter intacta no tempo uma forma física — pois a sua prática não procura o objeto, mas antes uma mutação contínua entre forças vivas. O trabalho de Delindro já foi exibido na Europa, Ásia, África, América do Norte e do Sul, com prémios e bolsas de instituições como: Berlin Masters Schliemann Award (DE), VARC (Visual Arts for Rural Communities, UK), ENCAC (European Network for Comtemporary Av Creation), EMARE (European Media Art ), EDIGMA Semibreve (prémio de media art, PT), Fundação Gulbenkian (PT), Berlin Senate for Kultur (DE), Goethe Institute (DE), STEIM Foundation (NL), Francoise Meier Foundation (La Becque, CH), EOFA (Embassy of Foreign Artists, CH), Rivoli (Teatro Municipal do Porto, PT), DGartes (Ministério da Cultura de Portugal, PT), Criatório ( Município do Porto, PT ) entre outros.

Em 2016 foi selecionado pela plataforma SHAPE, como um dos artistas sonoros mais inovadores da Europa e programado por festivais de referência como MusikProtokoll (AU), Novas Frequências (BR), CynetArt (DE) Athens Digital Arts Fest (GR), ARS Eletronica(AU), Submerge festival (UK), Semibreve (PT), Lisboa Soa (PT).

Destacam-se as exposições a solo: The weight of repetition #2: (un)measurements (MeetFactory Gallery, Praga, 2016), Permafrost (LAboral, Gijon, 2017); A grain within this cloud of Dust (Gallery im Turm, Berlim, 2018); “A perennial earth” (Goethe Institut Vietnam, 2019); Harbour (Living Art Lab, Amsterdão, 2020); “the sound of an Earthquake contained in a room” (Le Creux de L’Enfer França, 2022); “Fictional Forest” festival Lisboa Soa (Trienal de Arquitectura de Lisboa 2020); ” Burned Cork Resilience ” (Fundação de Serralves, Porto 2022); “Carva Lavra” (Gnration, Braga 2022); e as exposições coletivas “BADaward – Biological Clocks of the Universe”, MU Art Center, Holanda, 2018); To bough and to bend (Bridge Projects, Los Angeles, 2020); , na WRO Biennal of Media Art com a exposição Rhone (Wroclaw, Polónia, 2021), e na Berlin Masters 2021 na Berlin Masters Foundation de Berlim.

http://www.delindro.com/

Inauguração de “Marégrafo” de Gil Delindro

Data

15 Out 2022
Desde

Hora

16:00

Localização

Espaço Mira
R. de Miraflor 159, 4300-030 Porto
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