
FINISTERRA – IPHIGÉNIE – TEATRO NACIONAL SÃO JOÃO
Desde a Antiguidade, a maldição que atinge os Átridas assombra o teatro ocidental. Tanto Racine como Eurípides escreveram sobre Agamémnon, esse pai que, para soltar os ventos necessários à partida dos exércitos gregos para Troia e ganhar a guerra, sacrifica a filha Ifigénia. Nesta interpretação do mito, Tiago Rodrigues interroga-se em Iphigénie sobre qual seria o destino de Ifigénia se os homens, que decidem a sua sorte, não se submetessem à autoridade dos deuses. Esta abordagem do livre-arbítrio seduziu Anne Théron, cujo trabalho explora com frequência o grito interior das mulheres nas suas encenações. “Clitemnestra é uma personagem gigantesca. Pede aos homens que renunciem. É uma mulher em cólera, decidida a que Agamémnon seja responsabilizado pelo seu crime. Nesse sentido, ela constrói para nós, que a vemos hoje, uma outra memória da tragédia.”
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