
Festival MIMO 2024 – Amarante
O MIMO Festival 2024 está de volta a Amarante de 19 a 21 de julho, celebrando a cultura e a música do mundo com uma programação inclusiva, diversificada e arrojada. Este evento, que já tem 20 anos de história, é conhecido por ser um dos maiores festivais gratuitos de música do Brasil e agora acontece novamente em Portugal, com o Município de Amarante como principal promotor.
Durante esses três dias, Amarante se transforma num centro vibrante de arte e cultura, com concertos, palestras, workshops, oficinas, exposições, performances, cinema e roteiros guiados, ocupando não só os palcos, mas toda a cidade. O objetivo é proporcionar uma experiência enriquecedora e diversificada para o público, como já o fez em 2019, quando atraiu mais de 80 mil pessoas durante o fim de semana.
Este retorno a Amarante é muito aguardado, uma vez que a cidade sediou as edições portuguesas do festival entre 2016 e 2019, consolidando-se como parte integrante da identidade do MIMO. Ao longo dos anos, o festival expandiu-se para além das fronteiras brasileiras, realizando edições em mais de 12 cidades no Brasil e na Europa, alcançando um público superior a 2 milhões de pessoas ávidas por descobrir o melhor da música nacional e mundial.
Segundo Lu Araújo, diretora e fundadora do MIMO Festival, é emocionante ver milhares de pessoas vivenciando a arte de forma intensa e diversa. O MIMO é um evento positivo, inclusivo e democrático, que faz parte não apenas de Amarante e dos amarantinos, mas também dos milhares de fãs nacionais e estrangeiros que o visitam anualmente.
O festival sempre manteve sua política de entrada gratuita, oferecendo assim acesso igualitário a todos os interessados.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
DIA 19 DE JULHO
JAQUES MORELENBAUM E FRED MARTINS CONVIDAM JOANA AMENDOEIRA BRASIL/ PORTUGAL
19 de julho | 18:00 | Museu Amadeo de Souza-Cardoso
O maestro e violoncelista Jaques Morelenbaum, o cantor e compositor brasileiro radicado em Portugal Fred Martins e a cantora portuguesa Joana Amendoeira, apostam no reforço e atualização dos laços entre as músicas portuguesa e brasileira. Trata-se de um concerto inédito, que funde a Bossa Nova brasileira com o fado português e canções que celebram o diálogo musical entre Brasil e Portugal em que a lusofonia é a rainha da noite. Da bossa ao fado, da chula ao samba e ao baião, todos os ritmos se misturam com harmonia na guitarra e vozes de Fred Martins e Joana Amendoeira, somado às geniais intervenções e solos de Jaques Morelenbaum. O alinhamento traz clássicos de Caetano Veloso, Gilberto Gil, João Donato, Chico Buarque, Nelson Cavaquinho, Tom Jobim & Vinícius de Moraes, e obras autorais de Fred, do disco “Ultramarino”, enquanto Joana interpretará canções de seu novo álbum, “Na volta da maré”.
SENTIR AMADEO PORTUGAL
INSPIRADA NAS OBRAS DE AMADEO DE SOUZA-CARDOSO
ALUNOS DO CENTRO CULTURAL DE AMARANTE
19 de julho | 19:00 | Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Neste concerto-performance, oito músicos e trinta artistas, alunos do Conservatório do Centro Cultural de Amarante Maria Amélia Laranjeira, celebram o encontro da tradição com a inovação e guiarão o público nesse mergulho na obra do artista. No ambiente mágico do museu e inspirada nas obras vibrantes de Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), uma performance conduz os visitantes numa viagem poética através do movimento, da harmonia, da música, da dança e da cor.
LEYLA MCCALLA EUA
19 de julho | 21:00 | Cine-Teatro de Amarante
Nascida em Nova York, a cantora, compositora e notável multi-instrumentista, filha de pais imigrantes haitianos e activistas, redescobriu suas raízes ao se radicar em Nova Orleans. Influenciada pela música crioula, o jazz e o folk, adotou o violoncelo como principal instrumento, num estilo muito próprio. Cantando em francês, crioulo haitiano e inglês, McCalla também toca banjo tenor e guitarra, e desperta atenção por sua voz profunda e comovente. A artista vem ao MIMO Amarante lançar o seu quinto álbum de estúdio, o aguardado “Sun without the heat”, um trabalho divertido e alegre, enquanto carrega a dor e a tensão da transformação. Nele, consegue equilibrar peso e leveza com melodias e ritmos extraídos de diversas formas de música afro-diaspórica, incluindo Afrobeat, modalidades etíopes, tropicalismo brasileiro e folk e blues americano. Em “Sun without the heat”, a artista incorpora escritos de pensadoras feministas negras afro-futuristas, como Octavia Butler, Alexis Pauline Gumbs e Adrienne Maree Brown. Sobre ela, diz o “The New York Times”: “a sua voz é surpreendentemente natural… a sua música magnificamente transparente contém notícias de família, memória, solidão e a inexorabilidade do tempo.”
VITROLAB BRASIL
19 julho | 20:00 | Palco Parque Ribeirinho
Representante da nova música baiana, lança álbum de estreia em Portugal, marcado por um forte trabalho autoral, letras poéticas e um discurso contundente. Este grupo foi criada em Salvador em 2014 pelos irmãos Guga (voz e guitarra) e Marcelo Barbosa (voz, baixo e programações) e venceu um festival de música da Rádio Educadora FM, pelo voto popular. Representante da nova música baiana, “dançante e pensante”, fez espetáculos pelo Brasil e traz ao palco do MIMO o seu álbum de estreia, “Mais humano” (2022), fruto das experimentações feitas durante anos: a fusão de ritmos afro-baianos, como pagode e ijexá, e latinos, como ragga e dancehall. As influências vêm de movimentos históricos, como a Tropicália e o Manguebeat, e da música baiana atual, como BaianaSystem e ÀTTØØXXÁ, além de Manu Chao e Orishas.
A COR DO SOM CONVIDA CARMINHO BRASIL E PORTUGAL
19 de julho | 21:30 | Palco Parque Ribeirinho
Com mais de quatro décadas de carreira, o grupo vencedor do Grammy Latino 2021 na categoria de Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa, sobe ao palco do MIMO trazendo novidades e sucessos que marcaram sua carreira. Trata-se de um caso raro de grupo que se mantém unido até aos dias de hoje e que se tornou uma referência obrigatória da música brasileira, sobretudo depois de criar temas consagrados que marcaram gerações e liderarem os tops das rádios. Parcerias com Moraes Moreira e Fausto Nilo e composições feitas especialmente para o grupo por Caetano Veloso e Gilberto Gil, garantiram entradas diretas e pela porta grande em emissoras de rádio e TV, culminando em espetáculos esgotados por todo o Brasil. O álbum comemorativo dos 40 anos de carreira ilustra bem as credenciais deste super grupo e contou com participações dos artistas Caetano Veloso, Daniela Mercury, Gilberto Gil, entre outros. “Portuguesa” é o sexto disco da carreira de Carminho e conta com letras e músicas da artista, além da assinatura da produção do álbum. Numa busca pelo aprofundamento do seu pensamento sobre o fado, Carminho explora várias combinações dentro dos cânones, repensando a forma e movendo-se como peixe numa água que é a sua. Com enorme reconhecimento do grande público e da imprensa, seus números nas plataformas digitais refletem a dimensão de sua notoriedade. A grande voz do fado é uma das artistas portuguesas com maior projeção internacional. Carminho dá continuidade a um trabalho profundo como autora, intérprete, agregadora cultural e inspiração máxima de um Portugal contemporâneo.
NEWEN AFROBEAT CONVIDA DELE SOSIMI CHILE/ NIGÉRIA
19 de julho | 01:50 (+1) | Palco Parque Ribeirinho
O super coletivo chileno foi criado em 2009 pelo cantor e compositor Nicholás Urbina e é a banda pioneira e mais respeitada do afrobeat da América Latina. Com presença frequente nos principais festivais do mundo, conquistou também espaço nas cenas de world music, jazz e música afro-latina, ao longo do tempo.
Celebra, agora, os 15 anos de trajetória com o quinto álbum, “Grietas”, que avança para uma renovação de sonoridade e procura inserir novos ingredientes ao género convencional criado por Fela Kuti, convidando para participações grandes artistas de origens, estilos e perspetivas culturais distintos para o novo álbum, como o brasileiro Chico César, a consagrada jovem colombiana Lido Pimienta e o nigeriano Dele Sosimi – que atuou como teclista de Fela Kuti no mítico Egypt 80 e que foi um dos fundadores da banda The Positive Force – e que será o convidado especial da banda no espetáculo no MIMO Amarante 2024.
MARCELO D2 E UM PUNHADO DE BAMBA BRASIL
19 de julho | 00:30 (+1) | Palco Parque Ribeirinho
Do Brasil, do Rio de Janeiro, Marcelo D2 inicia a sua tour europeia, agora com o elogiado álbum “IBORU”, no MIMO Amarante. Um disco prodigioso que tem a ambição artística de fazer uma “Revolução no rap, revolução no rock, revolução no samba!” mas também a vontade política de mudança e combate ao bolsonarismo. É o seu 9º trabalho de originais. O artista, um dos mais respeitados nomes da cena pop brasileira, continua fiel a ele próprio, explorando novas possibilidades sonoras e consolidando experiências musicais. Após três décadas de uma carreira profícua e marcada pela busca da inovação, o artista volta-se para a própria história misturando, pela primeira vez, os graves do 808 com a cadência e a formação clássica do samba no terreiro. Neste “novo samba tradicional” de Marcelo D2, cavaquinho, coro, percussão e metais dialogam harmoniosamente com os samples e beats do hip-hop. O disco traz também composições de nomes de diferentes gerações do samba brasileiro, incluindo Moacyr Luz, Diogo Nogueira, Zeca Pagodinho e Xande de Pilares. O trabalho conjunto com o historiador e escritor Luiz Antonio Simas, em duas músicas, evidencia a busca de D2 por aprofundar suas raízes na cultura popular brasileira.
DJ TAHIRA
19 julho | 01:50 (+1) | Palco Parque Ribeirinho
Com mais de 30 anos como DJ, o pesquisador e produtor Tahira criou fama pelo seu ecletismo e pelas profundas explorações dos ritmos brasileiros, que funde com todo o tipo de batidas, de house e hip-hop. O seu som tem fortes influências brasileiras, africanas e latinas. É um dos DJs mais ativos na cena internacional e participou em grandes eventos, como Glastonbury (Inglaterra), Montreux (Suíça), Lot Radio (EUA), Brasil Summerfest (EUA), Fusion Festival (Alemanha). Editou trabalhos por editoras estrangeiras, sobretudo de Londres, onde viveu por um ano – como o Far Out, Wah Wah 45 e Tiffs Joint -, o francês Hot Casa e os americanos Concord Jazz e Names You Can Trust. Tahira fez muito sucesso na Europa com duas compilações, “Levanta Poeira” (2018), com o selo alemão Jazz & Milk, em que, a pedido do site Vinyl Factory, homenageia Gilberto Gil com um set de referências afro…, e “Brasil Novo” (2022), pelo selo inglês Música Macondo, parceria de Tahira com o DJ londrino Tim Garcia, em que é divulgada a rica herança percussiva do Brasil negro e do samba de coco.
DIA 20 DE JULHO
QUINTETO NOVA ORQUESTRA
20 julho | 17:00 | Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Inovador projeto de música clássica, a Nova Orquestra já se apresentou em grandes festivais brasileiros, como o Rock in Rio ou The Town, ao lado de artistas consagrados, como Pitty, João, Baco Exu do Blues, entre outros. O quinteto fez a primeira turné internacional em 2023, pelos EUA e já chegou a mais de 500 mil pessoas, ao vivo, e a vários milhões, digitalmente. Em formato de quarteto de cordas mais percussão, a Ensemble da Nova Orquestra chega pela primeira vez a Portugal para uma participação especial no MIMO Festival em Amarante. O quinteto traz um espetáculo de homenagem à Tropicália, um dos movimentos musicais mais importantes do Brasil, e apresenta versões inéditas de sucessos como “Alegria, alegria”, “Aquele abraço”, “Força estranha” e outros mais.
DANIEL GORTLER & ORQUESTRA DO NORTE
20 julho | 18:30 | Cine-Teatro de Amarante
Um dos maiores nomes do piano na atualidade, este pianista israelita tem deliciado as plateias e a crítica pelo mundo com seus memoráveis concertos, incríveis técnica e musicalidade, adquiridas pela intensa dedicação aos estudos. Gortler já tocou no Lincoln Center e no Metropolitan Museum (NY), no Mogador (Paris), entre outras prestigiadas salas, apresentando-se a solo ou com importantes orquestras europeias, como a Filarmónica de Londres ou, nos EUA, com as sinfónicas de Houston, São José, São Francisco e Atlanta. Também trabalhou com a Filarmónica de Israel e outras orquestras do país, além de tocar sob a batuta de grandes regentes, como Zubin Mehta. Neste concerto em Amarante – que reúne obras de Mozart, Edvard Grieg e Schumann – é acompanhado pela Orquestra Sinfônica do Norte, de Amarante, que se destaca pelo pioneirismo na descentralização da cultura musical.
SIMONE MAZZER
20 julho | 19:00 | Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Com uma voz potente e forte presença cénica, a atriz e cantora Simone Mazzer apresenta aquele que é o seu quarto álbum – Deixa ela falar -, que tem a quebra de padrões como fio condutor. No palco, entrega-se à sonoridade do disco, feita de arranhões, dissonâncias e timbres inusitados, fruto da parceria com o duo Ant Art – de Antônio Fischer-Band (teclados, synths e vocais) e Arthur Martau (bateria, guitarra, guitarra e vozes) -, que a acompanha na estreia em Portugal.
Trata-se de um trabalho assumidamente conceptual que expressa o desejo de romper os limites que levam pessoas fora dos padrões (como a cantora) à exclusão. Com intensa dramaticidade, reúne canções de gerações distintas, como Edu Lobo, Vinícius de Moraes, Jards Macalé e Capinan, Duda Brack e Iara Rennó.
RITA BENNEDITTO
20 julho | 20:00 | Palco Parque Ribeirinho
A artista – que se estreia em Portugal – é hoje um dos principais nomes da música brasileira e uma das cantoras mais representativas do país. Nascida no Maranhão, Nordeste do Brasil, apresenta o espetáculo “Tecnomacumba”, que há mais de 20 anos percorre, com enorme sucesso, os palcos brasileiros. O seu trabalho artístico tem um olho naquilo que fundamenta e outro na modernidade – e este bem-sucedido projeto “Tecnomacumba” é um exemplo vivo disso mesmo. Reflete a religiosidade da cantora, que tem na sua arte mais do que uma vocação, um sacerdócio. O espetáculo passeia por populares cantos rituais afro-brasileiros, que exaltam a força, a beleza, a autenticidade e a crença nos orixás, além de obras de grandes nomes da MPB, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Benjor, Dorival Caymmi, Gerônimo. Por este trabalho, Rita Benneditto foi galardoada como Melhor Cantora no 21º Prémio da Música Brasileira.
PUTA DA SILVA
20 julho | 21:30 | Palco Parque Ribeirinho
Multiartista afrotravesti imigrante, nascida no Brasil, em Minas Gerais, com mestrado em teatro, Puta da Silva decidiu mudar-se para Portugal em 2016. Através da música, busca retratar a experiência da imigração e a vivência como pessoa trans. No palco, mistura elementos da umbanda, candomblé, poemas, música brasileira, audiovisual, DJ, performances e canções autorais, que passou a criar na pandemia. Ativista, participou na fundação da Casa T Lisboa, que acolhe a população transvestigénere imigrante e racializada. Artista e ativista cada vez mais conhecida do público, lançou os singles “Festinha 360”, “Hetero curioso” e, com o vídeo clip de “Bruxonas” recebeu menção honrosa no Festival Híbrido de Videodança. Destacou-se também nos festivais No Ar Coquetel Molotov – 3D Immersive World e For Rainbow ou Bogotá Music Video Festival. O videoclipe em realidade virtual de “Festinha 360” estreou-se em Lisboa, no Cinema São Jorge, no Festival Política.
ILÊ AIYÊ – 50 ANOS BRASIL
20 julho | 23:00 | Palco Parque Ribeirinho
Património cultural da Bahia e primeiro bloco afro do Brasil, os Ilê Aiyê vêm a Portugal no âmbito da turné comemorativa de seus 50 anos. Fundado no bairro da Liberdade, em Salvador, como bloco exclusivo para pessoas negras (em resposta ao racismo que as afastava do circuito oficial do Carnaval da Bahia), teve os Black Power e os Panteras Negras – movimentos pelos direitos civis e o antirracismo nos Estados Unidos – como principais inspirações. Polo da comunidade, promove a consciencialização sobre justiça social, a valorização das raízes africanas e é fonte de inspiração para grandes nomes da música brasileira, com sucessos nas vozes de Caetano Veloso, Daniela Mercury, Gilberto Gil ou Margareth Menezes. Para capacitar as novas gerações, fundou uma escola comunitária e outra de percussão, inaugurou o seu próprio Centro Cultural, onde realiza oficinas de dança, canto e literatura. Reconhecido mundialmente pelo seu ritmo, dança e cores, o primeiro bloco afro do Brasil encanta o público com um samba afro único e vibrante, em concertos que são verdadeiras festas que nos transportam para o calor do Carnaval de Salvador!
FATOUMATA DIAWARA
20 julho | 00:30 (+1) | Palco Parque Ribeirinho
Do Mali vem Fatoumata Diawara, um dos nomes incontornáveis da nova música africana global. A cantora, compositora, guitarrista, atriz e ativista, conta já com nomeações aos Grammy Awards. Apresenta no MIMO o mais recente trabalho “London Ko”, um neologismo simbólico que resulta do encontro de Londres e Bamako, capital do Mali. Com produção de Damon Albarn (Blur e Gorillaz), que também participa em seis temas, e com quem Fatoumata Diawara já tinha colaborado. O disco, o seu terceiro de estúdio, tem como ponto de partida a música tradicional africana, as suas raízes Mandinka, levando-nos numa viagem eclética e vanguardista contaminada por afrobeat, jazz, pop, eletrónica e até hip hop, num álbum que desafia rótulos e categorias. Na sua música, Fatoumata critica a violência e desmonta estereótipos, enquanto traça novos caminhos estéticos e éticos para uma África e uma diáspora africana futuristas. Através de seu trabalho, a cantora emerge como uma militante feminista e é atualmente uma importante voz nas lutas das mulheres africanas. O disco fez parte das listas de melhores do ano de publicações de referência como a Mojo, Uncut, Far Out Magazine, o site PopMatters.
KEBRA ETHIOPIA SOUND SYSTEM
20 julho | 01:50 (+1) | Palco Parque Ribeirinho
Criado em 2005 por Lekentle Mohlala e Ethel Laka, em Kwa Thema, na periferia de Joanesburgo, na sua origem Kebra Ethiopia não é apenas uma festa gratuita com caixas de som gigantes que reproduzem o som do reggae. Trata-se também de um projeto social realizado a partir do sound system nos encontros promovidos nos guetos, reunindo pessoas de todas as gerações. Nesses eventos, também há a doação de alimentos, roupas e livros. Esta sonoridade roots reggae serve como válvula de escape às pessoas oprimidas, que encontram aqui, além do lazer, um espaço em que podem se expressar. Através de potentes alto-falantes e uma vasta coleção de vinis, o som do reggae destaca a força e o orgulho da comunidade negra no país que viveu quase 50 anos sob o regime do apartheid. Este som vem ganhando cada vez mais destaque no mundo, muito para lá das festas nos estacionamentos a que remontam as suas origens, e vem sendo presença obrigatória em festivais de música em várias partes, como Europa e América do Sul.
DIA 21 DE JULHO
QUARTETO DE CORDAS ORQUESTRA DO NORTE
21 julho | 16:00 | Igreja de São Gonçalo
A Orquestra do Norte concretiza, desde 1992, o projecto de descentralização da cultura musical, apresentado pela Associação Norte Cultural, vencedora do primeiro concurso nacional para a criação de orquestras regionais, instituído pelo Estado Português no mesmo ano. Neste concerto, apresentará uma das suas formações camerísticas de cordas, com obras de Giacomo Puccini e Gabriel Fauré.
ANDREA ERNEST DIAS QUARTETO
21 julho | 17:30 | Museu Amadeo de Souza-Cardoso
A mais completa flautista brasileira apresenta no MIMO Amarante o ovacionado tributo ao genial Moacir Santos (1926-2006), o arranjador, maestro, compositor e multi-instrumentista pernambucano, radicado nos EUA. Neste espetáculo, com o seu quarteto, Andrea interpreta estão obras que marcam seu estilo afro-jazzístico, como “Coisa n.5 – Nanã”, “Coisa n.4”, “Coisa n. 9” e “Mãe Iracema”. E celebra a musicalidade afro-brasileira com “Uma roda para Moacir Santos”, um dos maiores nomes da renovação harmónica da MPB e professor de ícones como Baden Powell, João Donato, Roberto Menescal, Paulo Moura e Sérgio Mendes.
CORTEJO ILÊ AIYÊ
21 julho | 18:00 | Largo de São Gonçalo
O bloco afro brasileiro, que encanta o público com um samba afro único e vibrante, desejam transportar o público de Amarante para o calor do Carnaval de Salvador. O cortejo percorrerá as ruas da cidade.
BASSEKOU KOUYATÉ & BAND
21 julho | 18:30 | Palco Parque Ribeirinho
Um dos principais nomes da música africana, Bassekou Kouyate vem ao MIMO mostrar seu novo trabalho, o álbum “Miri”. Cantor e compositor popular na sua terra natal, ganhou o reconhecimento internacional pela arte de tocar ngoni, um antigo alaúde da África Ocidental, criando novas sonoridades e reproduzindo as mais tradicionais. Aclamado desde a estreia com o álbum “Segu blu” (2007), foi nomeado para o Grammy por “I speak fula” (2009) e foi convidado a participar em importantes festivais pelo mundo. Depois dos célebres “Jama ko” e “BaPower”, que tomaram a direção do rock, Bassekou regressa agora com um trabalho mais sutil e enraizado. Um álbum sobre o amor, a amizade, a família e valores verdadeiros em tempos de crise. Nele, o artista faz uma viagem de volta à terra natal, Garana, uma pequena aldeia às margens do rio Níger.
ARNALDO ANTUNES & VITOR ARAÚJO (Brasil)
21 julho | 19:30 | Cine-Teatro de Amarante
“Lágrimas no mar” é o momento mais lírico da carreira a solo do músico, poeta, compositor e artista visual brasileiro Arnaldo Antunes (ex-Titãs). Traz o repertório do álbum homônimo que se transformou num reencontro apoteótico do artista com o seu público. Em formato voz e piano, o concerto soma a obra de um dos principais compositores da música pop brasileira, marcado por influências concretistas e pós-modernas, com o virtuosismo do pianista pernambucano Vitor Araújo. Arnaldo, sempre ávido por se conectar com artistas de géneros e gerações distintos, encontrou em Vitor mais do que apenas um parceiro musical. Encontrou um jovem talentoso e sensível, alguém com quem dividir o seu particular universo, a alma e a matéria. Em “Lagrimas do Mar”, Vitor Araújo é o responsável por todos os arranjos. Os artistas sobem ao palco para executar um setlist que parte da introspecção, mas que, em contato com o público, ganha dimensões de sentimento compartilhado, onde a música se mistura com poemas entoados e projeções multimédias. Apresentam canções minimalistas como “Socorro”, “Manhãs de love”, parceria de Arnaldo com Erasmo Carlos e hits como “Vilarejo”, dos Tribalistas e “Como 2 e 2”, de Caetano Veloso, além de composições de outras fases da carreira de Arnaldo Antunes.
GENERAL LEVY INGLATERRA
21 julho | 20:00 | Palco Parque Ribeirinho
Veterano da cena musical urbana britânica – e ainda hoje um dos MCs mais requisitados de Inglaterra, General Levy (Paul Scott Levy) nasceu em Londres, em 1971, é DJ pioneiro do jungle ragga, género da música eletrónica surgido na Jamaica. Destacou-se e conquistou o público ao participar em “Incredible” (1994), canção gravada com o produtor de jungle M-Beat, que viria a tornar-se a primeira faixa jungle ragga a chegar ao top 10 do Reino Unido. Foram mais de 12 semanas em posições cimeiras dos principais tops, com direito a novas misturas que amplificaram a sua mensagem. Carismático, com estilo vocal marcante, a sua popularidade disparou com a participação em sound systems. A sua entrega e energia contagiantes continuam a agitar plateias de todas as idades e de todas as geografias!
FEMI KUTI & THE POSITIVE FORCE
21 julho | 21:30 | Palco Parque Ribeirinho
Coração e alma do afrobeat moderno, Femi Kuti é o filho primogénito do mítico Fela Kuti (1938-1997), o criador do estilo musical que se popularizou na Nigéria e no mundo, nos anos de 1970 e 80, revolucionando várias gerações de artistas. Incansável, Femi faz espetáculos intensos e dinâmicos e costuma aproveitar para transmitir mensagens políticas. Em 2021, o artista lançou o álbum duplo “Stop the hate” e o primeiro do filho, Made Kuti, “For (e) ward”. Tanto o álbum como o tema “PaPaPa” receberam ótimas críticas da imprensa internacional e Femi foi nomeado para os Grammy Awards de 2022 por este trabalho. Nascido em Londres e criado em Lagos (Nigéria), o artista dá continuidade ao legado do pai, que utilizou a música como arma para lutar por justiça e liberdade e inovou ao misturar os ritmos tradicionais do seu país com a suavidade e delicadeza do highlife de Gana e o soul, funk e R&B dos EUA, seduzindo o público com batidas dançantes. Femi e sua banda, – os Positive Force – são a vanguarda do afrobeat, que é constantemente expandido até novos limites e a que acrescenta toques de punk e hip-hop, sem perder de vista as suas raízes. Muito requisitado, Femi participa de projetos diferenciados, que vão desde o Coldplay ao produtor de música electrónica Robert Hood e à banda francesa de hip hop IAM.
DINO D’SANTIAGO
21 julho| 23:00 | Palco Parque Ribeirinho
Português de origem cabo-verdiana, Dino D’Santiago é um dos protagonistas da atual música feita em português. Junta a tradição musical da terra dos seus pais – naturais da Ilha de Santiago – ao peso contemporâneo da electrónica global, como se revela em “Kriolu”, hino gravado com o rapper Julinho KSD, e assinou uma nova sonoridade para a lusofonia com “Nova Lisboa”, do seu aclamado disco de 2018, “Mundu Nôbu”.Depois de uma tour a solo, volta em 2024 acompanhado por uma banda. O premiado músico e ativista começou na infância a cantar no coro da igreja e a compor com amigos, do Bairro dos Pescadores, nos anos 1990, quando o hip-hop chegou a Portugal. Dedicou-se também a projetos de R&B e soul e, a partir de 2013, passou a conquistar, de forma recorrente, prémios e distinções, como os de Personalidade do Ano, nas principais revistas de música, como a “Rolling Stone” ou a “GQ Portugal”. 2020 foi um ano absolutamente vitorioso para o artista, que lotou o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, participou nos mais importantes festivais de Portugal e viu “Kriola” ser eleito como o melhor álbum do ano, pela “Blitz”. Entretanto, aos seus fãs da música juntaram-se os seguidores do programa de televisão “The Voice Portugal” (RTP), em que atua – e se destaca – como mentor.
DJ FAROFA
21 julho | 00:20 (+1) | Palco Parque Ribeirinho
Pesquisador e produtor cultural de São Paulo, radicado desde 2014 em Portugal, o DJ define-se como “um serelepe (irrequieto) brasileiro no Porto a girar o vinil e a música em prol da festa, amor, felicidade e conexões pessoais”. Farofa difunde músicas e artistas na Europa, principalmente do Brasil, com uma seleção construída de modo transversal, dos vintages aos modernos, das raízes europeias às africanas, a fim de levar ao público sons dançantes e de excelência para agitar a pista. Em Portugal, atua em espaços e festivais como o MIMO, a Casa da Música, o Fitei, entre outros. Em Lyon, na França, discotecou na La Maison M e, em Londres, é residente na ObáObá Party desde 2017. No Brasil, atuou em bares e festas, como Mundo Pensante (Pilantragi), Baile Tropicante e Carnaval de Ovara.
OCUPAÇÃO IBORU__________________________________
Exposição e Filme
De 19 a 28 de julho
Museu Amadeo de Souza-Cardoso (Galeria Temporária)
Das 10h às 20h
O Premiado rapper carioca abre a turné europeia em Portugal, no MIMO Amarante, com o projeto “IBORU – Que sejam ouvidas nossas súplicas”, que agrega concerto, exposição, cinema e roda de conversa. Expandindo a manifestação de sua capacidade criativa para além da música, o consagrado rapper carioca Marcelo D2 desdobrou seu novo trabalho solo, “Iboru – Que sejam ouvidas nossas súplicas”. Atração da noite de abertura do MIMO Amarante, no dia 19 de julho, o carismático artista apresenta as músicas do novo álbum ao público português, o filme feito em parceria com Luiza Machado e a exposição coletiva intitulada Ocupação IBORU, promovendo assim uma experiência imersiva no movimento que o artista batizou de Novo Samba Tradicional, que reúne arte, música, moda, gastronomia de terreiro, oficinas e a exibição do filme “Iboru”. A exposição convida o público a entrar no multiverso “Iboru – Que sejam ouvidas nossas súplicas”, que inclui o samba, o rap, cinema, artes plásticas, moda, ancestralidade e fé. As obras expostas são de Ana Paula Sirino, Apolo Torres, Juan Calvet, Emerson Rocha, Ilustrablack, Manuela Navas, Yeda Affini, Heloisa Hariadne e Rodrigo Ladeira.O filme também roterizado por D2, não somente complementa o novo álbum, como apresenta uma visão única de como as raízes do samba permanecem vivas e atuais cem anos depois, a partir de três fundadores do gênero: Pixinguinha, João da Baiana e Clementina de Jesus.
FÓRUM DE IDEIAS___________________________________
MARCELO D2 BRASIL
IBORU – QUE SEJAM OUVIDAS NOSSAS SÚPLICAS
Medição: Antena 3
19 julho, Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Marcelo D2 falará sobre a sua contínua busca por experimentações sonoras e compartilhamento de seu processo criativo e sobre o seu mais recente projeto IBORU, que inclui um Centro de Pesquisa Avançada do Novo Samba Tradicional Onde o Coro Come, representando um avanço significativo para o conceito do novo samba brasileiro.
MÁRIO CALDATO JR. BRASIL
SOUNDMAN – UMA HISTÓRIA AUTOBIOGRÁFICA SOBRE A JORNADA DE MARIO CALDATO JR.
Medição: Antena 3
20 julho, Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Mário Caldato Jr., é um produtor e engenheiro de som brasileiro, nascido em São Paulo e que se mudou na infância com a família para os EUA. Multi-platina, alcançou reconhecimento global pelas significativas contribuições para o sucesso dos Beastie Boys, grupo nova-iorquino de rap rock que surgiu no início dos anos 1980, desde a era “Paul’s Boutique” até “Hello Nasty”, com a produção inovadora do clássico “Check Your Head”. Nesta roda de conversas, ele conta as suas experiências e aventuras na produção musical e outras histórias.
KEBRA ETHIOPIA SOUND SYSTEM ÁFRICA DO SUL
ECOS DA ÁFRICA
Medição: Antena 3
21 julho, Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Os organizadores do projeto Ethiopia Sound System, de Joanesburgo, dão uma visão geral do projeto ao público do MIMO e, em seguida, falam sobre as raízes do reggae e os temas socioeconômicos e humanitários ligados ao género e sobre “O som e os passos da paz”, o processo de seleção musical e das histórias através da música.
WORKSHOPS_______________________________________
NOVA ORQUESTRA BRASIL
NOVA ORQUESTRA – OS DESAFIOS DE UMA ORQUESTRA SINFÓNICA POP
19 julho, Centro Cultural de Amarante
Os diretores da Nova Orquestra, João Magalhães e Matheus Simões falarão sobre a criação de uma orquestra diferente, que tem formação erudita mas um repertório exclusivamente popular, podendo apresentar-se em diferentes formações, como quartetos e quintetos.
SIMONE MAZZER BRASIL
O ENCONTRO DO TEATRO E DA MÚSICA NA PERFORMANCE DE ARTISTAS FORA DOS PADRÕES
19 julho, Centro Cultural de Amarante
O encontro do teatro e da música na performance de artistas fora dos padrões. A partir da sua vivência de mulher gorda, 50+, Simone Mazzer fala do seu processo de criação na música, como intérprete, envolvendo o teatro e as artes em geral.
RITA BENNEDITTO BRASIL
A SAUDAÇÃO MUSICAL BRASILEIRA AS RAÍZES AFRICANAS
19 julho, Centro Cultural de Amarante
A saudação musical brasileira as raízes africanas – a cantora e compositora maranhense vai conversar com o público sobre a concepção e montagem do espetáculo de enorme sucesso, intitulado “Tecnomacumba”, que estreou em 2003 e permanece em cartaz ao longo desses últimos 20 anos.
ARMANDINHO MACÊDO BRASIL
GUITARRA BAIANA – TRADIÇÃO E MODERNIDADE
20 de julho, Centro Cultural de Amarante
Armandinho vem partilhar o seu vasto conhecimento acerca da Guitarra baiana – tradição e modernidade. Este instrumento original está intimamente ligado à origem desta sonoridade. Encantado com o som da guitarra elétrica, Dodô criou, então, uma guitarra parecida, porém, para evitar a indesejada microfronia, trocou a caixa da guitarra por uma tábua de jacarandá madeira), e, assim, surgiu o pau elétrico, ou guitarra baiana, instrumento este que é fabricado como uma guitarra elétrica em miniatura, um híbrido entre um cavaquinho e um bandolim, utilizando o calibre de cordas e a escala do primeiro e a afinação (Sól-Ré-Lá-Mi) do segundo.
NEWEN AFROBEAT CHILE
FUNDAMENTOS E ELEMENTOS DA AFROBEAT GLOBAL
20 de julho, Centro Cultural de Amarante
A banda chilena Newen Afrobeat vai abordar a sonoridade cunhada por Fela Kuti e que se tornou global, através de módulos teóricos e práticos. Abordarão o contexto histórico e sociopolítico… o ritmo e a cadência do afrobeat, os elementos que o diferenciam… a relevância dos instrumentos de sopro…e as técnicas de canto e expressão corporal como ferramentas para o desenvolvimento da voz no afrobeat, bem como elementos que possam servir para o desenvolvimento cénico de propostas musicais atuais do género.
ANDREA ERNEST DIAS BRASIL
MOACIR SANTOS, OU OS CAMINHOS DE UM MÚSICO BRASILEIRO
20 julho, Centro Cultural de Amarante
A oficina terá como base a biografia “Moacir Santos, ou os caminhos de um músico brasileiro”, fruto da tese de doutorado da virtuose flautista carioca Andrea Ernest Dias, reunindo dados biográficos e análise musical sobre a obra do compositor.
BASSEKOU KOUYATÉ MALI
A TRADIÇÃO MUSICAL DOS GRIOTS NA ÁFRICA OCIDENTAL
20 julho, Centro Cultural de Amarante
A tradição musical dos griots na áfrica ocidental. Os griots são contadores e guardiões de histórias reverenciados e músicos habilidosos, que tocam vários instrumentos de cordas, incluindo o kora (harpa-alaúde de 21 cordas) e o ngoni (alaúde dedilhado com 4-6 cordas).
MIMO BEM-ESTAR___________________________________
PRISCILA LOBIANCO
MOVIMENTO RITUAL TERAPÊUTICO – ENCONTRO
20 julho | 10:00 | Centro Cultural de Amarante
Trauma é uma fratura de si e do relacionamento da pessoa com o mundo. Essa fratura é a essência do trauma. Como escreve Peter Levine, criador do método Somatic Experiencing, abordagem naturalista e neurobiológica para curar traumas, ‘o trauma tem a ver com a perda de conexão com nós mesmos, com nossa família e com o mundo à nossa volta.a A oficina Movimento Ritual Terapêutico, traz a essência do trabalho Fiandeiras do Tempo, encontro de mulheres com mulheres. Priscilla Lobianco convido o público a viver a experiência de ressignificar suas “fraturas”, através do fiar, e tecer nossas memórias e resgatar nossos dons. Usaremos o movimento, o desenho, a música como ferramentas para reencontrar porções de nossa história e alma perdidas. Acessaremos nossos movimentos e reconexão de vida através de práticas ritualísticas e dos registros akáshicos. Como suporte costurando nosso encontro nessa oficina, me apoiarei nas técnicas da terapia do trauma (Peter Levine).
SAMANTHA CALDATO
MENSAGEIRA DE MEMÓRIAS – PERFORMANCE/ DJ SET
20 julho | 15:00 | Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Nascida no Brasil e morando em Los Angeles (EUA), o trabalho de Samantha pretende conectar pessoas, solo e alimentos através de obras de arte com música e plantas. Usando um figurino que tem tudo a ver com o tema e chamando a atenção de quem passa, suas ações locais sempre envolvem performances in situ e experiências artísticas em que compartilhamos e cocriamos conhecimento, ao mesmo tempo em que ajudamos a trazer à tona as histórias entre nós que nos conectam além das fronteiras ou nações – memórias de afeto por meio dos alimentos. Em todo a sua trajetória, tem refletido sobre o impacto das escolhas que podemos fazer usando nosso garfo como uma ferramenta artística social e política. A produção agrícola atual afeta significativamente a degradação do meio ambiente, da saúde e das relações sociais. Atualmente, seu foco está em projetos que se concentram na criação de experiências em que compartilhamos a diáspora e os pontos fortes dos alimentos.
THOMAZ MORAES
AULA DE MEDITAÇÃO
21 julho | 11:00 | Parque Florestal
Andamos desconectados uns dos outros, da natureza, de nós mesmos. Desaprendemos como é sentir a vida, anestesiados, cheios de distrações. Por isso, o MIMO convidou o professor de meditação Thomaz Moraes para uma aula prática. O principal objetivo é fazer o caminho de volta, nos reconectarmos, voltarmos para dentro, para nosso corpo. Praticar uma meditação que amplie o nosso vocabulário somático, nossa capacidade de sentir, perceber e observar a mente e o corpo de forma suave, relaxada e atenta ao mesmo tempo. Vamos praticar Mindfulness dos quatro elementos da natureza. Nascido no Rio de Janeiro, mergulhador, fisioterapeuta, acupunturista e estudioso das tradições milenares. Formou turmas e, com mais de 20 anos de práticas e estudos, lança agora uma proposta de abordagem terapêutica de auto-observação, autorregulação e autoconhecimento, de que o público do festival poderá participar gratuitamente, bem como de todas as atividades programadas.
DJ MARISE CARDOSO
M.O.V.E – MOVENDO ORGANICAMENTE A SUA ENERGIA VITAL
21 julho | 15:00 | Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Experiente “artivista” sonora, dedicada à integração entre música e bem-estar, professora de yoga, meditação e sound healer, a brasileira Marise Cardoso (Djiiva) com diversas formações na India, desenvolveu o projeto “Ser Super Sônico”. A DJ deixa uma marca indelével com sua música hipnotizante nos palcos por onde atua, em cidades como Berlim, Xangai, Dubai, Barcelona, São Paulo, Bogotá, Lisboa, Ibiza, Goa e em outras em mais de 20 países. Utiliza som e movimento como caminhos para a transformação humana, oferecendo programas que transcendem o mero entretenimento e visam potencializar o desenvolvimento pessoal em um nível profundo, utilizando tecnologias do sentir acessíveis a todos. As sessões de M.O.V.E, que se inspiram em práticas somáticas contemporâneas (como ecstatic dance, trance dance e meditação em movimento), combinadas com mais de duas décadas voltada para a movimentação dos corpos e a abertura de mentes em pistas de dança ao redor do mundo. Oferecem ferramentas para aguçar a percepção e assim inspirar, revitalizar e preparar os participantes para abraçar as aventuras da vida com renovado vigor.
NOVOS ESPAÇOS CULTURAIS DE AMARANTE
CENTRO CULTURAL DE AMARANTE
Espaço de referência no Ensino Artístico Especializado de Música e Dança, desde a sua fundação, em 3 de dezembro de 1981 por Maria Amélia Laranjeira, o Centro Cultural de Amarante (CCA) pretendeu ser um elo entre os seus associados e a população em geral.
A criação deste projeto surgiu do gosto e interesse pessoal da fundadora pelas artes e pela promoção cultural. Localizado na Rua Nova 112, o edifício histórico do final da década de 1940, onde outrora ficava a Antiga Cadeia Comarcã de Amarante, na Zona Norte da cidade, conjuga-se com o equipamento novo e moderno das instalações, inauguradas em 9 de agosto de 2008.
Durante vários anos, Maria Amélia exerceu o cargo de diretora da instituição, dando vida e corpo a inúmeros projetos culturais e educacionais de diversas áreas. O centro cultural define-se como um espaço escolar em coerência com a realidade sociológica em que se encontra inserido, mobilizando todos os intervenientes no processo educativo e proporcionando aos alunos um ambiente formativo de identidades ao serviço da comunidade, assumindo-se com um projeto de ação própria em prol do desenvolvimento educacional em perfeita sintonia com os seus parceiros de ação, consagrando valores, princípios, metas e estratégias.
Dispõe de um auditório, vocacionado para várias solicitações culturais, espectáculos, congressos, palestras, colóquios e seminários. Com uma capacidade de 126 lugares com mais 3 para pessoas em cadeias de rodas, este espaço apresenta-se como a solução ideal para todos aqueles que procuram um local de qualidade em termos técnicos e visuais. Conta ainda com balcão de atendimento/recepção, foyer e acesso directo ao espaço do Café-Concerto com bar para serviço de coffee break.
Pela sua excelência e ideais difundidos, o Centro Cultural de Amarante tornou-se Centro Unesco de Amarante, em 9 de agosto de 2017, data em que a Comissão Nacional da UNESCO e o Centro Cultural assinaram o Protocolo de Criação do Centro UNESCO.
CINE-TEATRO DE AMARANTE
Inaugurado em 1947 como sala de cinema, foi, até à década de 1980, uma referência cultural. Em julho de 2000, a Câmara Municipal de Amarante adquiriu o edifício, já bastante degradado, com o objetivo de o devolver à cidade e o recuperar como equipamento cultural. A requalificação começou a 23 de maio de 2019 e, após um intenso processo de recuperação e os constrangimentos dos anos de pandemia, o Cine-Teatro de Amarante reabriu as portas com uma sala de espetáculos com 386 lugares, uma livraria, além de um Piano Bar & Vinoteca. A agenda de espetáculos do Cine-Teatro de Amarante tem uma programação única, repleta de espetáculos cativantes e experiências.
SOBRE O MIMO AMARANTE 2024_______________________
De 19 a 21 de julho, volta a celebrar-se a cultura e a música do mundo, com uma programação inclusiva, diversificada e arrojada, dando a conhecer o que de melhor se faz na música atual, em Portugal e no mundo, entre nomes consagrados e novos talentos. Tem o Município de Amarante como principal promotor.
Antecipa-se, assim, mais um MIMO de sonoridades, estéticas e texturas singulares, em que a música ocupa não só́ os palcos, mas toda a cidade, com concertos e atividades paralelas como palestras, workshops, oficinas, exposições, performances, cinema, cortejos, MIMO bem-estar e roteiros sustentáveis. Antecipa-se um mundo de arte e cultura, gratuito, para mais uma edição inesquecível para o público, que em 2019 reuniu mais de 80 mil pessoas durante o fim de semana.
Este auspicioso regresso a Amarante é há muito aguardado, uma vez que se trata da cidade que acolheu entre 2016 e 2019 as edições portuguesas do festival, que nasceu em Olinda, no Brasil. São 20 anos de história, com 60 edições, e realizações em mais de 12 cidades no Brasil e na Europa.
Segundo Lu Araújo, a diretora e fundadora do MIMO Festival “é sempre com grande emoção que vemos milhares de pessoas a viverem a arte de forma tão intensa e diversa. O MIMO é positivo, inclusivo e democrático, faz parte de Amarante e dos amarantinos, mas também dos milhares de fãs nacionais e estrangeiros que nos visitam anualmente”.
Marcelo D2 (Brasil), Fatoumata Diawara (Mali), Dino D’Santiago (Portugal) e Femi Kuti & The Positive Force (Nigéria), Leyla McCalla (EUA) e Arnaldo Antunes & Vitor Araújo (Brasil), Newen Afrobeat convida Dele Sosimi (Chile e Nigéria), A Cor do Som convida Carminho (Brasil e Portugal), foram os primeiros nomes confirmados. Juntam-se agora ao cartaz o grupo Ilê Aiyê (Brasil) e General Levy (Inglaterra), artistas que unem autenticidade e qualidade crescente em seus trabalhos.
O MIMO Festival, idealizado por Lu Araújo, nasceu no Brasil e completou 20 anos em 2023. Desde a sua primeira edição internacional em Amarante, em 2016, tem oferecido uma experiência cultural diversificada e acessível, destacando tanto artistas consagrados quanto novos talentos, num ambiente que vai muito além da música, abrangendo também cinema, poesia, workshops e masterclasses.
Entre os artistas que já passaram pelo MIMO Festival em Portugal, destacam-se nomes como Egberto Gismonti, Herbie Hancock, Tom Zé, Mário Laginha, Pedro Burmester, Pat Metheny, Ron Carter, Tinariwen, Selma Uamusse, Três Tristes Tigres, Ricardo Ribeiro, Goran Bregovic, Rodrigo Amarante, Manel Cruz, Rui Veloso, Dead Combo, BaianaSystem, Bruno Pernadas, Salif Keita, Samuel Úria, Seun Kuti & Egypt 80, Criolo, Mayra Andrade, Chico César, Mário Lúcio & os Kriols, Ray Lema, Branko, Don Letts e Emicida, entre muitos outros.
Festival MIMO 2024 – AmaranteFestival MIMO 2024 – Amarante