Exposição “Pal K Lê” do pintor Luís Delgado na Cooperativa Árvore
… (Utilizando a escrita/ linguagem fonética de forma humorada, pronunciaremos “Pal K Lê” quando nos referimos ao pintor Paul Klee, que nos seus escritos diz que “a arte não reproduz o visível, a arte torna visível”)…(excerto texto Luis Delgado)
A Árvore, no Porto, recebe no dia 9 de Março, a partir das 16h, a Exposição do pintor Luís Delgado “Pal K Lê”.
O Pal K Lê
“Utilizando a escrita/ linguagem fonética de forma humorada, pronunciaremos “Pal K lê” quando nos referimos ao pintor Paul Klee, que nos seus escritos diz que “a arte não reproduz o visível, a arte torna visível”. Dos catálogos das exposições que fiz retiro interpretações da minha obra: Em 1994, o professor Rocha de Sousa escrevia no catálogo da exposição na Cooperativa Árvore, “que na minha pintura eu ordenava uma série de personagens cujo rosto se confunde sucessivamente com a máscara e esta com arquétipos ou mitos da nossa cultura”. Concluía que a minha pintura “apostava na clareza da formulação plástica, cujo sentido específico antecede, e bem, pela densidade humana e cultural das evocações”. Em 1996, Maria João Fernandes referia no catálogo da exposição “Braqueanas”, na S.N.B.A. em Lisboa, “que existia uma subversão controlada barroca segundo esquemas de contemporânea lógica, ao nível formal e poético”. Em 2000, a professora Cristina Azevedo Tavares referia, no catálogo da exposição “marear”, na S.N.B.A., “que da leitura individual de cada quadro, encontramos um mundo riquíssimo de alusões, ausências sentidas, em que a palavra escrita reenvia para um outro universo visual, e tal como aconteceu no cubismo, onde o sarcasmo do trompe-l’oeil se assume perversamente como alternativa dos processos narrativos”. Nesse mesmo ano na revista “Sul”, o poeta José Carlos Barros dizia: “onde nos leva a infância quando crescemos a caminho da morte com um sorriso nos lábios e uma palmeira em papel e estanho junto ao coração”. Em 2001, Fernando Azevedo, para a exposição ”Zanzibar 2000 e tal”, realizada na galeria Esteta no Porto referia que a minha pintura “surge rica de ancoramento numa antiga e próxima tradição pictural, que na sua depuração parece situar-se precisamente fora disso”. Em 2018, no catálogo da exposição “Homem perpendicular como qualquer outro”, no Museu Amadeo de Souza Cardoso em Amarante, o professor António Cardoso escreveu que a minha obra “partia de um código restrito, quase arquetípico partindo para sucessivas associações e mutações”. Arrisco dizer, que em todos estes textos é evidente o que queria dizer Paul Klee com: “A arte torna visível”. – Luis Delgado, janeiro de 2024
A Exposição estará patente na Árvore até 6 de Abril.
Biografia
Luís Delgado, nasceu em 1962 no Huambo em Angola
Curso de Pintura pela ESBAL (Faculdade de Belas Artes de Lisboa)
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS:
1988- Galeria Municipal de Vila Franca de Xira
1989-Galeria “Viragem”-Cascais (com Délio Abrantes)
1992-Galeria Quadrum – Lisboa
1994-“Não me olhes com essa cara”- Cooperativa Árvore- Porto (catálogo com texto de Rocha de Sousa)
1996- “Braqueanas”-SNBA- Lisboa (catálogo com texto de Maria João Fernandes)
1997- “jeansear”-Clube 50-Lisboa
1999 – “Quem tira escopro tira caneta”-Galeria Esteta (com Délio Abrantes)
2000 -“cartas de Marear”-SNBA-Lisboa(catálogo com texto de Cristina Azevedo Tavares)
2001- “Zanzibar 2000 e tal” Galeria Esteta-Porto (Catálogo com texto de Fernando de Azevedo)
2002- Galeria Artela- Lisboa (com Cristina Troufa) – (texto de Rodrigues Vaz)
2003- “As flores da Rainha Santa”- Galeria Esteta-Porto (catálogo com texto de Maria João Fernandes)
2005- “Não tenho palavras para expressar”- espaço Esteta 7-Porto
2006- “As flores da Rainha Santa”- Galeria CIDI-Lisboa
2008- “Como um anel na curvatura I-Z do teu dedo mindinho”- SNBA- Lisboa
2016- “ Homem perpendicular…” SNBA- Lisboa
20018- Homem….” Museu Amadeo de Souza Cardoso -Amarante- (texto de António Cardoso).
2021- “Ser Linha” – Galeria Soledade Malvar – Famalicão.
2022- “Linha de Pássaros”- Casa da Cultura de Coimbra.