ENCÓMIO | Aos ossos à bravura e ao sono dos cetáceos
ENCÓMIO | Aos ossos à bravura e ao sono dos cetáceos – Maus Hábitos
Exposição
abertura, 19.01 às 12h
patente até 28.01
“Encómio | Aos ossos, à bravura e ao sono dos cetáceos” inicia-se por intitular um acto performativo, contudo, dessa ação e do seu processo de criação e experimentação, ramificaram-se uma série de outros dispositivos tais como desenhos, objetos e texturas, que conquistaram espaço e autonomia a serem expostos, e a libertarem-se da corporeidade que é inerente à performance.
A maioria das matérias e materiais presentes nesta exposição emergem de processos de respigação, reciclagem e da ocasionalidade do encontro e do achado, maiormente descobertos em caminhadas, quer em meios rurais ou citadinos, pesquisas e explorações em antigas oficinas, casas e lugares devolutos. O tratamento que dou aos materiais, posteriormente no meu atelier, é manual (artesão) e tendo a recuperar e a aceitar os estados brutos, crus e/ou próximos de uma ideia de origem. Interessa-me refletir e explorar as suas intercepções e diálogos, escutar os objetos e entender detalhada e cuidadosamente as suas necessidades e características, como também questionar a sua presença como protagonistas – agora que expostos – objectos intimamente revelados.
Todas as presenças nesta exposição, incluindo os desenhos, emergiram ou foram desenvolvidos no decorrer de ano de 2020, um ano particularmente curioso, no que diz respeito ao afeto, à distância, ao tempo e à noção de fim e eterno retorno, aqui, em “Encómio | Aos ossos, à bravura e ao sono dos cetáceos”, suscito a vida como ressonância de um eco.
Sobre o artista:
Flávio Rodrigues (VNGaia, 1984), desde 2006 que desenvolve os seus próprios projectos de criação artística. O desenho, performance arte, criação/manipulação de objectos, som, movimento e a escultura são alguns dos mediums a que recorre, objectivando induzir o corpo/obra em erro/camuflagem/estados abstractos e poéticos, como também explorar plasticidades de natureza bruta, orgânica e/ou crua, maioritariamente provenientes de processos de recolha/respigação. A caminhada tem emergido como meritória base processual.
Ficha Técnica
Residências de pesquisa e criação: Balleteatro (Porto), Circolando (Porto), CAAA-Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (Guimarães), DevirCapa (Faro), CEA-Centro de Experimentação Artística (Moita), Teatro de Ferro (Porto)
Co-Produção: Festival Walk & Talk (Açores)
Parceria: Saco Azul & Maus Hábitos
Este projecto foi parcialmente criado durante o processo de investigação “Reclamar Tempo” do Teatro Municipal do Porto.
Projecto financiado pela Direção Geral das Artes/ Ministério da Cultura
ENCÓMIO | Aos ossos à bravura e ao sono dos cetáceos – Maus Hábitos