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CONFERÊNCIA DE RAQUEL SCHEFER: AUTORREPRESENTAÇÃO E CO-REPRESENTAÇÃO NO CINEMA

CONFERÊNCIA DE RAQUEL SCHEFER: AUTORREPRESENTAÇÃO E CO-REPRESENTAÇÃO NO CINEMA

CONFERÊNCIA DE RAQUEL SCHEFER: AUTORREPRESENTAÇÃO E CO-REPRESENTAÇÃO NO CINEMA

Desenhando e percorrendo uma cartografia histórica e estética em diálogo com os filmes do ciclo “O que é um autorretrato?”, a conferência debruçar-se-á sobre a autorrepresentação e a co-representação no cinema.

Se autores como Michel Beaujour e Raymond Bellour consideram que a evolução do autorretrato, género transdisciplinar atravessado pela dialética entre mesmidade e alteridade e entre memória e invenção, reflete as flutuações da formação do sujeito moderno, tratar-se-á, num primeiro tempo, de examinar de que maneira a estruturação e a desestruturação do autorretrato no cinema (dos seus modos narrativos e procedimentos estéticos, mas também a transformação dos seus modos de produção na sua relação com a tecnologia, em particular videográfica) que ocorrem a partir do fim da década de sessenta permitem reconsiderar as deslocações da linha de separação entre o cinema de vanguarda e experimental e o cinema militante e engajado, bem como as suas determinações político-estratégicas.

Num segundo tempo, a política das formas e as formas da política da autorrepresentação serão repensadas quer a partir de questões epistemológicas, quer em função da diversificação dos modos de produção. Se filmes como “The Laughing Alligator” (1979), de Juan Downey, deslocam o autorretrato para um contexto etnográfico, desintegrando, através de lógicas de reciprocidade, a conceção binária da relação entre mesmidade e alteridade que a autorrepresentação punha já em causa, obras como as de Raymonde Carasco e Régis Hebraud, María Barea e o Grupo Warmi, Jorge Prelorán ou o coletivo Ogawa Pro adotam um sistema de co-representação em que tende a dissolver-se a relação convencionalmente vertical, hierarquizada e não-recíproca entre o sujeito e o objeto de representação e conhecimento, o observador e o observado. Se essa deslocação tem importantes consequências formais, o chamado “Quarto Cinema” redefine a própria noção de “autorrepresentação” ao operar uma revolução dos modos de produção.

Fonte: https://www.serralves.pt/atividades-serralves/conferencia-a-politica-das-formas-e-as-formas-da-politica/

CONFERÊNCIA DE RAQUEL SCHEFER: AUTORREPRESENTAÇÃO E CO-REPRESENTAÇÃO NO CINEMA

Data

27 Fev 2023
Desde

Hora

19:00
Serralves

Localização

Serralves
R. Dom João de Castro 210, 4150-417 Porto
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