
CIRCULAR | “CALÇADA” VOLMIR CORDEIRO
Calçada, peça para seis intérpretes, é uma maneira de evocar a metamorfose como o único meio de conquistar a liberdade. Devolvendo ao “devir” a sua energia, Calçada investe a alegria como uma forma de expansão individual e coletiva.
Depois de ter criado Rua, com Washington Timbó, de 2015, Volmir Cordeiro aborda agora a calçada enquanto espaço privilegiado de circulação de mundos, de trabalho, de norma, de contato, de festa, de estagnação. Na busca contínua por estados de corpo contraditórios – estratégia recorrente no seu trabalho – a pesquisa em Calçada é a de “quebrar os impasses”, de criar condições para que as coisas passem, e assim, autorizar a passagem como uma tentativa de celebração. Uma cena de trabalho, um cortejo que não nega a sua vulgaridade, depois um passeio desordenado que nos leva até um transe de caminhadas. Para fugir da impotência e da exclusão que governam uma certa tragédia do mundo atual, os dançarinos não param de se transformar, de se mascarar e desmascarar, de se deixarem levar para fora de si mesmos através da experiência comum de um êxtase passageiro.
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