António Marinheiro – Festival Teatro José Guimarães
FESTIVAL DE TEATRO JOSÉ GUIMARÃES
18 setembro a 20 novembro 2021
18 setembro a 20 novembro 2021
Um festival que visa confrontar diversas propostas e experiências artísticas, fomentar o espírito crítico e abrir canais de debate entre artistas e públicos.
Reserva de bilhetes em:
[email protected] / 932 022 892 / 22 375 2640
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ANTÓNIO MARINHEIRO, OU O ÉDIPO DE ALFAMA
Numa taberna de Alfama, o jovem António Marinheiro mata um velho pescador. Ao deparar-se com a viúva, sente por ela uma irresistível atração. E no final ambos descobrem que são na verdade filho e mãe, e que ele havia assassinado seu próprio pai.
Citamos com propriedade:
“Da augusta Tebas e da mítica Alfama ouvimos o mesmo grito, sentimos o mesmo beijo desesperado, vemos a expiação da mesma culpa, para além do tempo, para além do homem. Vemos agora, em Alfama, a absolvição de Édipo e de Jocasta, há muito condenados por uma culpa que não podiam carregar. Não uma absolvição absoluta, pois nem deuses nem os homens a reconheceram, mas aquela outra, solitária, afinal, a mais humana, que sobrevive sem festejos sociais, que a si própria se sustenta. É este grito supremo, saído do fundo do homem e da mãe que o gerou, que ouvimos no final da peça de Bernardo Santareno, António Marinheiro, que clama pela última dignidade humana, aquela que nasce connosco. É este grito eterno que confere sentido ao mundo e à História, pois desde sempre ressoou”
(Ália Rosa C. Rodrigues in “António Marinheiro de Bernardo Santareno: um modo de dizer trágico”).
“Da augusta Tebas e da mítica Alfama ouvimos o mesmo grito, sentimos o mesmo beijo desesperado, vemos a expiação da mesma culpa, para além do tempo, para além do homem. Vemos agora, em Alfama, a absolvição de Édipo e de Jocasta, há muito condenados por uma culpa que não podiam carregar. Não uma absolvição absoluta, pois nem deuses nem os homens a reconheceram, mas aquela outra, solitária, afinal, a mais humana, que sobrevive sem festejos sociais, que a si própria se sustenta. É este grito supremo, saído do fundo do homem e da mãe que o gerou, que ouvimos no final da peça de Bernardo Santareno, António Marinheiro, que clama pela última dignidade humana, aquela que nasce connosco. É este grito eterno que confere sentido ao mundo e à História, pois desde sempre ressoou”
(Ália Rosa C. Rodrigues in “António Marinheiro de Bernardo Santareno: um modo de dizer trágico”).
Esta leitura dramatizada surge na ideia original e congregadora da atriz e encenadora Fernanda Lapa, quando lançou um apelo nacional no ano passado para comemorar o centenário do nascimento de Bernardo Santareno. Devido ao infortunado falecimento de Fernanda Lapa, este “trabalho” dos alunos do Curso Superior de Teatro da ESAP será aproveitado para homenagear ambos (atriz e dramaturgo), com a leitura de um texto da encenadora Luísa Pinto, amiga e discípula de Fernanda Lapa.
Texto de Bernardo Santareno
Direção: Roberto Merino
Interpretação: Alunos do Curso Superior de Teatro da ESAP
Música e Direção musical: Paulo Alexandre Jorge
Duração aproximada: 1h30m
Classificação etária: M/12 anos
3.ª edição Festival Teatro José Guimarães tem como parceiros institucionais: República Portuguesa- Ministério da Cultura; Câmara Municipal de V. N. Gaia; União de Freguesias Santa Marinha e São Pedro da Afurada; Águas de Gaia; e como media partners: O Gaiense; Rádio Festival 94.8
