A MORTE DO ARTISTA -TEATRO DO BOLHÃO
Na arena de um circo, recriada num palco de teatro, o espetáculo é apresentado ao público como um circo de matriz tradicional que as tensões sociais tornaram contemporâneo.
Desde o início o ambiente é poético e teatral; a primeira figura a surgir é o de uma mulher morta, arrancada ao Inferno pelo filho, e que apela a uma deserção daquele lugar, logo metamorfoseada em diretor do circo e apresentador.
É essa tríade que estabelece a comunicação com o público e que vai fazendo fluir os números de artistas de distinta natureza: uma velha trapezista a trabalhar sem rede, uma criança da Babilónia que exibe os seus dotes de poliglota, um sacerdote perito na arte de moldar balões, um telepata especializado em fármacos, um homem palco preocupado com as questões de género, um palhaço carregado de drama e um cantor com repertório de fados do Estado Novo.
Ainda que o espetáculo vá saltando de um acontecimento para outro aparentemente sem conseguir chegar, só avançando quando é interrompido, não abdica de um final, ao surgir na arena uma pessoa sem qualquer caracterização circense.
FICHA ARTÍSTICA
Encenação António Júlio
Texto e Dramaturgia Zeferino Mota
Interpretação Maria do Céu Ribeiro, Maria Teresa Barbosa e Ricardo Vaz Trindade
Cenografia e Figurinos Cátia Barros
Desenho de Luz Pedro Vieira Carvalho
Desenho de Som Filipe Silva
Normal 10 euros
Quartas e Quintas 7 euros
Cartão de Amigo, Estudantes*, Seniores* e Protocolos* 7 euros
Profissionais da Área do Espetáculo e Grupos com mais de 10 pessoas 6 euros
Estudantes da área do espetáculo e sócios do TUP 3 euros
*mediante apresentação de documento comprovativo
A MORTE DO ARTISTA – TEATRO DO BOLHÃO
