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50 Anos de fotografia - 1970-2020 de Alfredo Cunha

50 Anos de fotografia – 1970-2020 de Alfredo Cunha

50 Anos de fotografia – 1970-2020 de Alfredo Cunha

Patente ate 02 de Maio no Centro Português de Fotografia (CPF) 

Terça a sexta: 10h às 18h
Sábados, domingos e feriados: 15h às 19h

Este Alfredo Cunha de quem se fala é o homem com a sua câmara e o seu olhar.
Qualquer bom fotojornalista intui, antes de o saber claramente, que uma imagem, que deve encerrar todo um conteúdo e uma sedução, é, sempre foi, um momento decisivo. Antes de ser definido por Cartier-Bresson, já existia na mente de quem fotografa o acontecimento, o rosto e o movimento.
Na longa carreira de 50 anos de Alfredo Cunha, muita coisa mudou: o país que fotografa; o equipamento que usa — já longe da primeiríssima Petri FT, da Leica M3, que começou a usar em 1973, e das Leicas que se seguiram e a que se manteve sempre fiel; o suporte — do analógico, maioritariamente preto e branco, ao digital, que pratica desde 2003. A imagem fotojornalística responde à exigência de concordância com o texto, também se liga ao onde, quando, como e porquê. Porém, quando o fotógrafo já definiu o seu estilo — e é esse o caso de Alfredo Cunha —, a sedução da imagem sobrepõe-se à sedução da notícia. Em todas elas se torna difícil associar a imagem a um estilo pois Alfredo Cunha ultrapassa a corrente do momento e o tema. E é neste sentido que podemos dizer, com Barthes, que as suas fotografias resultam sem código, dependem da transmissão do seu para nosso afecto.

Teresa Siza (texto adaptado)

Alfredo Cunha

A sua carreira profissional principiou em 1970, ligada inicialmente à publicidade e fotografia comercial. Foi colaborador do jornal Notícias da Amadora (1971), integrando depois os quadros do jornal O Século e da sua revista O Século Ilustrado, de Lisboa, em 1972. Destacou-se como fotógrafo da revolução de 25 de Abril de 1974, captando algumas das imagens mais memoráveis do acontecimento. Também documentaria imagens da Descolonização, com a chegada dos “retornados” a Lisboa, em 1975. Trabalhou depois para a Agência Noticiosa Portuguesa (ANOP), a partir de 1977, a Notícias de Portugal, a partir de 1982, e para a Agência LUSA, resultante da fusão das anteriores, desde 1987. Foi também o fotógrafo oficial do Presidente da República, general António Ramalho Eanes, de 1976 a 1978, como seria depois do seu sucessor, Mário Soares, de 1986 a 1996.

Trabalhou também como editor de fotografia no diário Público, de Lisboa, de 1990 a 1997, e do Grupo Edipresse, a partir de 1997. Foi depois editor do Jornal de Notícias, do Porto, de 2003 a 2012, e director de fotografia da Global Imagens. Passou a ser freelancer em 2012. Durante a sua carreira, documentou acontecimentos internacionais como a queda do regime comunista na Roménia, em 1989, e a Guerra do Iraque, em 2003.

A 13 de fevereiro de 1996, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

A maior exposição da sua obra foi realizada com o título de Tempo Depois do Tempo. Fotografias de Alfredo Cunha, 1970-2017, reunindo 480 fotografias de toda a sua carreira na Galeria Municipal da Cordoaria Nacional de Lisboa, em Março-Abril de 2017.. Está representado no Centro Português de Fotografia do Porto e no Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa, com 500 fotografias em papel e mais de 5000 digitalizadas, todas a preto e branco. Por opção pessoal, cultivou sempre a fotografia a preto e branco, em detrimento da fotografia a cores.

 

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Data

09 Jan 2021 - 02 Mai 2021
Desde

Localização

Centro Português de Fotografia (CPF)
Largo Amor de Perdição, 4050-008 Porto
Credito habitacao
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