O guia de eventos mais completo e atualizado do Porto

Cultura da estratégia: jogos que moldaram(e moldam) gerações

Desde os tempos mais antigos, o ser humano procura formas de desafiar a mente. Seja num tabuleiro de xadrez ou numa mesa de cartas, os jogos de estratégia atravessaram gerações como forma de lazer, competição e até de desenvolvimento cognitivo.

No Porto, essa cultura continua viva, nos cafés, associações recreativas, clubes e encontros informais, onde o pensamento tático se mistura com o prazer da partilha.

O fascínio pelo jogo mental

Xadrez, damas, sueca ou dominó. Todos estes jogos têm algo em comum: exigem atenção, previsão, capacidade de adaptação. São mais do que simples passatempos, são verdadeiras escolas de raciocínio.

Cultura da estratégia: jogos que moldaram(e moldam) gerações
Tatiana Rodriguez @unsplash

No Porto, ainda é possível encontrar espaços dedicados a estes clássicos. Desde o Grupo de Xadrez do Porto, que organiza torneios regulares, até coletividades de bairro onde a sueca continua a ser rainha ao final da tarde.

Em muitos bairros, as tascas e cafés continuam a ser palco de jogos ao final do dia, onde as rondas são comentados com humor e estratégia, e onde cada jogada conta tanto como a conversa à volta da mesa.

Ensinar a pensar: jogos e educação

Além disso, muitas são as empresas na cidade que procuram usar os jogos de estratégia em contexto profissional, enquanto iniciativa de team building entre colaboradores, por exemplo.

Jogos como o xadrez são utilizados para treinar competências como a paciência, o planeamento, a gestão de risco ou o pensamento lógico.

Esta ligação entre jogo e aprendizagem reforça o seu valor cultural. Não se trata apenas de ganhar ou perder, trata-se de aprender a decidir.

Estratégia no mundo digital

Com a transformação digital cada vez mais presente na vida dos cidadãos, é natural que até o lado do entretenimento também tenha a sua quota de mudança.

Hoje é possível jogar xadrez contra adversários de todo o mundo (não só do Porto); aprender damas com tutoriais interativos; simular partidas de dominó num tablet; a própria sueca, o velhinho jogo de cartas tipicamente português, ganhou versões digitais, replicando a essência e as regras tradicionais; e até os clássicos de casino (ex: roleta) agora têm uma “casa” no digital.

No meio disto, o espírito estratégico manteve-se até mesmo no online, desafiando os jogadores a tomar decisões rápidas com base em probabilidades, ritmo e intuição. Aqui, porém, é importante distinguir dois universos:

  • Jogos de estratégia reais (como xadrez, damas ou sueca), onde a habilidade e o conhecimento aumentam efetivamente as hipóteses de sucesso. No fundo, todas as jogadas contam, uma vez que é preciso prever e antever jogadas adversárias, para conseguir vencer no final.
  • Jogos de sorte (como a roleta), onde a estratégia não influencia o resultado, mas pode ser aplicada à gestão de risco e ao jogo responsável. Por exemplo, nas plataformas de casino reguladas, onde é possível ver opções de jogo de roleta online, existem páginas informativas sobre o jogo e como deve ser jogado consoante a respetiva variante e sala de aposta.

Com efeito, há quem recorra a estas opções digitais por curiosidade intelectual, outros por entretenimento ocasional. Em qualquer dos casos, trata-se de mais uma forma de aplicar lógica, cálculo e gestão de risco — ainda que em registos muito diferentes.

Preservar e adaptar

A cultura do jogo estratégico não desapareceu, apenas se transformou em alguns pontos. Seja numa sala de bairro, num torneio amador ou através de uma aplicação, o prazer de pensar vários passos à frente continua a atrair quem procura mais do que mero entretenimento.

No Porto, cidade de encontros e contrastes, essa tradição ganha novos contornos a cada geração, mas continua presente em muitas coletividades da cidade.

Cultura da estratégia: jogos que moldaram(e moldam) gerações

Translate »